Corteva lança o Loyant, herbicida que promete controlar gramíneas, ciperáceas e folhas largas resistentes no arroz

 Corteva lança o Loyant, herbicida que promete controlar gramíneas, ciperáceas e folhas largas resistentes no arroz

No Congresso do Arroz, estande da Corteva fez sucesso

O Loyant é apontado como uma ferramenta inovadora para combater plantadas daninhas resistentes na orizicultura, casos por exemplo do Capim Arroz e Sagitária, entre outras.

A Corteva Agriscience lança na noite de hoje, quinta-feira, 5 de setembro, em Porto Alegre, o seu novo herbicida Loyant (Florpirauxifen-benzil), que promete o controle de gramíneas, ciperáceas e folhas largas nos diversos sistemas de cultivo de arroz irrigado. O produto já será comercializado para a safra 2019/20 e foi apresentado no XI Congresso Brasileiro do Arroz Irrigado, no início do mês, em Balneário Camboriú, em evento especial para pesquisadores e imprensa, já com o nome comercial, antecipando a publicação do registro oficial do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), mas já era do conhecimento da comunidade científica pelo nome do ativo Rinskor.

O Loyant é apontado como uma ferramenta inovadora para combater plantadas daninhas resistentes na orizicultura, casos por exemplo do Capim Arroz e Sagitária, entre outras. O Loyant pertence ao grupo químico dos arilpicolinatos, e é um mimetizador de auxinas. Porém, os receptores diferem de herbicidas clássicos desse mecanismo de ação, como o 2,4-D. Uma vez aplicado em pós-emergência, ele interrompe o processo normal de regulação do crescimento das plantas daninhas, que passam a apresentar anormalidades também pela interrupção de diversos processos celulares, seguidos da necrose dos tecidos, em especial próximo das raízes ou na parte inferior do caule. As plantas suscetíveis morrem em um prazo de cinco a 10 dias, em média.

O produto tem mostrado eficiência total em gramíneas como capim-arroz e papuã, juncos (cyperus sp) comuns na cultura do arroz, e espécies como angiquinho, caruru, ambrósia, buva, aguapé, cruz-de-malta e sagitária, dentre outras. A empresa recomenda seu uso em um esquema que utiliza também pré-emergentes e controles mecânicos e agronômicos, como forma de dar longevidade ao mecanismo. Nas últimas safras tem crescido o número de plantas daninhas resistentes a mecanismos inibidores de ALS, ACCase e EPSPS, que também são favorecidas pelo agroecossistema.

O Rinskor apresenta baixo risco para organismos não alvos, em termos de volatilização, e tem curta meia-vida no ar. Seu baixo potencial ofensivo à cultura comercial e ao meio ambiente favoreceu o rápido trâmite de até sua aprovação pelo MAPA. O arroz é capaz de metaboliza-lo, conferindo a seletividade necessária para a eficiente ação sobre as plantas daninhas. Mas, não deve ser aplicado após a iniciação da panícula. Como não há residual, a biodisponibilidade no solo é baixa. Os protocolos de avaliação revelam rápida degradação e dissipação.

Os melhores resultados são obtidos nos estágios iniciais de crescimento das plantas daninhas, entre duas e cinco folhas. Seu uso deve ser associado ao eficiente manejo de irrigação. Especialistas da Corteva destacam que a tecnologia deve ser preservada e por isso sua disponibilização é acompanhada de um protocolo de segurança.

1 Comentário

  • É bem amplo o espectro de ação desta nova molécula (florpirauxifen-benzil), quando surge um novo defensivo duas questões logo vem à tona: fitotoxidade na cultura e o preço de lançamento. É inegável que os defensivos lançados na atualidade com o avanço das pesquisas no setor tendem a serem mais eficientes, de baixo impacto ambiental e muito menos tóxicos ao homem e aos animais. Porém a ressalva fica por conta do preço, pois tendem a serem caros se considerarmos a cultura a que se dirigem, o arroz no caso. Mas de qualquer forma é bem vindo, vai agregar mais uma ferramenta para o controle do capim arroz resistente aos produtos já estabelecidos no mercado.

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