Costa Rica declara escassez de arroz pela segunda vez no ano

 Costa Rica declara escassez de arroz pela segunda vez no ano

País é importante importador de arroz em casca do Mercosul e deverá comprar mais 50 mil toneladas de arroz em outros países sem tarifação.

O governo da Costa Rica voltou a declarar a escassez de arroz no país pela segunda vez este ano, o que abre a porta para que o setor arrozeiro (moinhos) importem milhares de toneladas de grãos sem pagar qualquer tipo de tarifa. O anúncio foi feito pelo Ministério da Economia, Indústria e Comércio (MEIC), que também promete uma redução no custo dos grãos.

A medida também foi aplicada pelo Poder Executivo em abril passado, após forte pressão da Corporação Nacional do Arroz (Conarroz). Por meio do Decreto nº 42765-MAG-MEIC-COMEX, publicado na quinta-feira, o Poder Executivo Nacional autorizou a importação de 50.061 toneladas de arroz em casca, sem pagamento de tarifas, segundo o MEIC, para garantir o
abastecimento no início de 2021.

O Governo justifica a nova declaração de desabastecimento em projeção de dados de consumo para o próximo ano, divulgada pelo Conselho Nacional de Produção e Conarroz, que indicava que com base no inventário nacional do grão, a estimativa da produção nacional não será suficiente em 2021.

“Este decreto permite que a população costarriquenha tenha acesso a um alimento básico como o arroz, o que garante segurança alimentar aos consumidores. De referir que se trata de um mecanismo utilizado regularmente devido ao facto de a produção nacional ser insuficiente para abastecer a procura ”, afirmou Renato Alvarado Rivera, Ministro da Agricultura e Pecuária, em nota de imprensa.

De acordo com o MEIC, a medida terá impacto direto no preço pago por cada quilo de arroz. O Governo também vai publicar esta quinta-feira o Decreto n.º 42.754-MEIC, que promete uma redução do preço do quilo que varia de ¢ 13,2 a ¢ 19,9. Segundo o MEIC, a redução tarifária na importação de arroz em casca permite uma redução de custos que será repassada ao consumidor a partir de janeiro próximo.

A apresentação de 80% de grãos inteiros, que é a mais consumida no país, terá seu custo reduzido em ¢ 13,9, passando de ¢ 626,2 para ¢ 612,3 por quilo , enquanto as demais apresentações terão uma redução média de 2 , 2%.

O reajuste de preços foi feito com base em relatório elaborado pela Diretoria de Pesquisas Econômicas e de Mercado (DIEM) em setembro anterior, onde foram avaliados os custos de produção industrial do arroz beneficiado, determinando a origem da atualização de preços.

A maior redução de custo serão as qualidades de 100%, 95%, 94% e 90% grão integral, cujos preços cairão entre ¢ 19,1 e ¢ 16,4 colones por quilo. As medidas surgem meses depois que diversos setores econômicos solicitaram a liberalização do mercado de arroz que obriga os consumidores a preços elevados apesar do fato de o arroz importar pela Conarroz, apesar de estar isento do pagamento de impostos.

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