Costa Rica reduzirá cultura de arroz em 23 mil hectares

A medida afetará a todos os cultivadores, salvo aqueles que tiverem menos de 10 hectares, e tenta frear tensões pela tendência dos empresários a privilegiar a compra do arroz estadunidense subsidiado, facilitada pelo Tratado de Livre Comércio (TLC/CAFTA).

A Costa Rica deixará de semear 23 mil hectares de arroz por acordo da Assembléia Nacional de Produtores, embora que ainda hoje falte que os industriais admitam emitir certificados de compra do grão.

A medida afetará a todos os cultivadores, salvo aqueles que tiverem menos de 10 hectares, e tenta frear tensões pela tendência dos empresários a privilegiar a compra do arroz estadunidense subsidiado, facilitada pelo Tratado de Livre Comércio (TLC/CAFTA).

O vice-presidente da Corporação Arrozeira Nacional, William Ureña, adiantou que os produtores estão dispostos a protestar nas ruas se os empresários finalmente recusam as restringidas colheitas nacionais, refere o diário La Nacion.

Não é justo que só uma parte esteja ajudando para encontrar uma solução ao problema que afeta ao setor. Só em meu caso tenho 18 mil sacos sem colocar e já vem a colheita do Sul, afirmou.

Em uma carta enviada à ministra de Agricultura e Gadeira, Glória Abraham, a Associação Nacional de Produtores de Arroz manifesta a validação regiões para baixar a colheita do grão dos 83 aos 60 por cento.

Deste modo, os industriais poderão importar 40 por cento restantes, através das figuras de contingente e de desabastecimento a zero imposto, como estipula o TLC/CAFTA.

Especialistas de diversos ramos avaliaram os possíveis impactos do acordo bilateral e alertaram desde sua negociação sobre as assimetrias entre as débis economias centro-americanas e a da principal potência mundial.

Nos Estados Unidos a agricultura recebe o respaldo estatal através de fundos, tecnologia e estudos científicos de mercado, melhoramento das produções e outros, por uns 80 mil milhões de dólares ao ano.

O arroz do país do norte, vendido a menos de 45 por cento por embaixo do preço do custo de produção, incentiva constantes protestos dos dedicados a seu cultivo e venda nos países assinantes do tratado, como as ocorridas entre outubro e novembro de 2011, em Costa Rica.

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