Cotações avançam pouco mais de 1% em setembro

 Cotações avançam pouco mais de 1% em setembro

(Por Planeta Arroz) As cotações do arroz em casca no Rio Grande do Sul seguem firmes, e o produto obteve valorização de 1,17% nesta primeira quinzena, alcançando R$ 118,94 de média pela saca de 50 quilos (58×10). Na equivalência em dólar, chegaria a US$ 21,38. As informações são do Indicador de Preços do Arroz em Casca no Rio Grande do Sul Cepea/Irga-RS. Mantida esta tendência, os preços médios no mercado gaúcho poderão superar os R$ 120,00 por saca até o final do mês. Em algumas regiões, como a Planície Costeira Interna e a Zona Sul, este já é o preço fluído. Em parte do mercado do Litoral Norte, também.

Campanha e Zona Sul seguem operando com preços mais baixos, como é tradicional, bastante descolados das demais regiões. A Campanha aproxima-se de R$ 114,00 de referência, enquanto a Depressão Central está ainda com negócios na faixa de R$ 112,00 a R$ 113,00 brutos. Agosto manteve um bom volume de embarques das compras realizadas em junho e julho por países do exterior, em especial quebrados e beneficiado. Mas, a balança comercial em setembro deve voltar a cair, pois não são muitos os embarques previstos nas line ups dos  portos.

A tendência, com os produtores desinteressados em fazer grandes ofertas e mais preocupados com a semeadura, que já iniciou no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, é de que os preços sigam firmes ao longo de setembro. Ainda não há uma análise mais profunda dos efeitos que as queimadas e a seca poderão causar na produção do Paraguai e dos estados do Centro-Oeste, Norte e Sudeste, sendo que neste último a colheita é inexpressiva.

O Rio Grande do Sul já tem cerca de 1 mil hectares semeados, Santa Catarina está um pouco à frente com suas áreas de pré-germinado no Norte do estado. O Paraná também já deu a largada na semeadura da nova safra. Do Uruguai também chegam notícias das primeiras lavouras sendo plantadas.

Segundo o Cepea, o mercado spot de arroz em casca do Rio Grande do Sul encerrou esta semana, novamente, com baixa liquidez, contrariando expectativas de agentes, que aguardavam uma melhora no fluxo e nos volumes de negócios. O cenário continua refletindo a disparidade entre os preços de compra e de venda, com produtores se mantendo firmes nas pedidas e compradores enfrentando dificuldade em adquirir o cereal e remunerar a matéria-prima na venda do beneficiado.

Frente a esta situação e diante de novos comentários do governo sobre os preços ao consumidor e a busca de alternativas, a Federarroz emitiu nota apelando aos produtores para não permitirem que o abastecimento do mercado interno sofra uma redução da oferta, o que emitiria um alerta ao governo que poderia se traduzir em nova medida que vai contra os objetivos dos produtores em termos de equilíbrio do mercado.

Balança Comercial

Ainda segundo o Cepea, em agosto as exportações de arroz, em equivalente casca, caíram, mas ainda assim registraram a segunda maior quantidade de embarques do ano e voltaram a superar as importações. Os preços de exportação e importação, por sua vez, subiram, mas o custo de importação (em Reais/saca) atingiu a máxima nominal de toda série Secex.

Em agosto/24, chegaram aos portos brasileiros 135,4 mil toneladas de arroz equivalente casca, expressiva redução de 33,71% sobre o mês anterior e de 16,52% em comparação com agosto/23. Ainda segundo o Cepea, as principais origens foram Tailândia, Uruguai e Paraguai, responsáveis por 93,8% do volume mensal. Em 12 meses, foram importadas 1,56 milhão de toneladas, patamar recorde em mais de 20 anos.

Do lado das exportações, foram 164,43 mil toneladas de arroz em casca embarcadas em agosto/24, volume 5,98% abaixo do de julho/24 e 41,29% inferior ao do mesmo período de 2023. Entre os principais destinos do arroz brasileiro, destacaram-se Senegal, Venezuela, Gâmbia e Costa Rica, que juntos representaram 85% das vendas externas de agosto/24. Em 12 meses, os embarques acumulados correspondem a 1,37 milhão de toneladas, sendo a menor quantidade desde o intervalo finalizado em mai/22.

No acumulado de 12 meses o déficit é de 185,4 mil toneladas, o maior desde out/21.

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