CPI na gaveta
Conclusões da CPI do
Arroz estão paradas
na Assembleia
Legislativa gaúcha
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O presidente da CPI do Arroz, deputado Jorge Pozzobon (PSDB), e o relator dos trabalhos, deputado Marlon Santos, criticaram a demora no encaminhamento da pauta, que, de acordo com o protocolo, deve ser feito pela casa legislativa, e não diretamente pela comissão. Santos não descarta a hipótese de entregar pessoalmente o documento no Ministério Público Estadual, além de redigir o texto do pedido de Adin.
“Trabalhamos duro durante sete meses, com viagens pelo Rio Grande, Uruguai e Argentina, ouvimos produtores, industriais e lideranças do setor para realizarmos um diagnóstico preciso sobre os problemas da cadeia produtiva do arroz. A questão da Adin, por exemplo, é extremamente importante no combate à guerra fiscal, pois é uma alternativa à reforma tributária. É inadmissível que, passados quase três meses da conclusão da CPI, as coisas não tenham avançado”, lamenta o relator. Ele lembra ainda que, para o setor arrozeiro, são medidas urgentes.
Pozzobon também não pretende esperar a Assembleia gaúcha dar encaminhamento ao relatório. Segundo ele, a ideia é reunir os membros da CPI, representantes da Federação das Associações de Arrozeiros do RS (Federarroz) e a Federação da Agricultura do RS (Farsul) e agendar uma audiência com o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, para apresentar o documento. “O ministro montou em seu gabinete uma equipe para tratar das questões arrozeiras e vamos subsidiá-lo através deste canal. Vamos levar diretamente o relatório aos ministérios públicos Estadual e Federal e à Presidência da República”, adianta.
GAVETA
De acordo com Pozzobon, a reunião com Mendes Ribeiro Filho acontecerá em Porto Alegre, ajustada à agenda do ministro. “O trabalho da CPI foi encerrado com a apresentação do relatório, mas as conclusões são relevantes demais para serem engavetadas. Por isso, continuaremos trabalhando e, com a Farsul e a Federarroz, apresentando soluções e cobrando resultados”, garante.