Crise de oferta eleva cotações do arroz no Vietnã ao pico em nove anos

 Crise de oferta eleva cotações do arroz no Vietnã ao pico em nove anos

Negócios do Vietnã reduziram em volume, mas aumentaram em valor

As exportações em 2020 caíram 3,5% no Vietnã e na Tailândia as cotações declinam.

A redução no fornecimento e a contínua compra das Filipinas elevaram os preços de exportação do arroz vietnamita para uma nova alta e a alcançar o pico de valores de nove anos esta semana. Enquanto isso, as referências de negócios na Tailândia caíram após vários meses de patamar mais elevado, já que os preços altos esfriaram a demanda.

O arroz com 5% de quebrados (RI-VNBKN5-P1) do Vietnã teve a tonelada valorizada para US $ 500- $ 505 por tonelada na quinta-feira – o maior desde dezembro de 2011 – de US $ 500 uma semana atrás, por causa do baixo suprimento doméstico.

Os importadores das Filipinas ainda estão comprando, mas em pequenos volumes, disse um trader da cidade de Ho Chi Minh, acrescentando que "a atividade comercial está lenta esta semana devido ao feriado no pais".

As exportações de arroz do Vietnã em 2020 devem ter caído 3,5%, para 6,15 milhões de toneladas, de acordo com dados preliminares do governo. Os números oficiais serão divulgados no final de janeiro. A estimativa é de que a receita de exportação em 2020 tenha subido 9,3%, para US $ 3,07 bilhões.

TAILÂNDIA

Enquanto isso, os preços do arroz tailandês com 5% de quebrados (RI-THBKN5-P1) foram cotados a $ 510- $ 516 por tonelada na quinta-feira, um pouco abaixo dos $ 516- $ 520 por tonelada da semana passada. Traders disseram que a demanda por arroz tailandês está relativamente estável devido aos altos preços praticados frente aos seus concorrentes.

"O nível de oferta está muito baixo, o que elevou o preço. O baht, moeda local, mais forte não ajuda a situação, já que a demanda já está fraca", explicou um trader de Bangkok.

ÍNDIA

No maior exportador de arroz do mundo, a Índia, a variedade parboilizada com 5% de quebrados (RI-INBKN5-P1) foi cotada a US $ 381- $ 387 por tonelada esta semana, inalterado desde a semana passada. A demanda firme de países asiáticos e africanos persistiu.

"A procura é boa em todos os cantos”, disse Nitin Gupta, vice-presidente para o negócio de arroz na Índia da Olam, que também reconheceu a dificuldade logística persistente com o forte aumento da demanda internacional pelo produto indiano.

BANGLADESH

O ministro da alimentação de Bangladesh disse que o país está reduzindo sua tarifa de importação de arroz de 62,5% para 25% e permitindo que comerciantes privados importem arroz até um certo nível, com o objetivo de aumentar as reservas e diminuir os preços recordes alcançado no mercado interno. Quarto maior produtor mundial de arroz, Bangladesh costuma importar um volume mínimo de grãos especiais, mas com problemas de abastecimento pelas compras de pânico e retração produtiva por questões climáticas, se obrigou a ir às compras.

O governo também está finalizando a compra de 150 mil toneladas de arroz da indiana NAFED, agência estatal com sede em Nova Délhi, disseram autoridades à Reuters Internacional. A expectativa do mercado é de que Bangladesh compre pelo menos 500 mil toneladas de arroz, em base casca, neste primeiro semestre. Entretanto, há muito desencontro de informações nestes mercados.

1 Comentário

  • Na matéria acima edita por Cleiton Evandro, com embasamento de um expert em mercado de arroz, fica muito claro que o mercado internacional deste cereal de tamanha importância na alimentação da população mundial, encontra-se em um momento inédito jamais presenciado pelo menos nas últimas 3 décadas.
    Destaca-se a posição dos países Asiáticos como exportadores de arroz de qualidade dúbia, porém de preços baixos, com elevações de preço e uma demanda jamais vista.
    A valorização do arroz na dieta humana, precisou de uma pandemia a nível mundial para ter o reconhecimento como nutriente fundamental na alimentação
    que se faz necessária no nosso dia a dia. (Barata e nutritiva).
    Com o reconhecimento e valorização sob aumento de demanda do cereal, o produtor gaúcho e catarinense destaca-se pela dedicação, empenho e perseverança, pois sempre acreditou na atividade e não parou de produzir, mesmo depois de décadas de prejuízo e desprezo pela indústria/varejo e também do governo estadual e federal.
    Méritos a quem é devido!! Prejuízos não aceitaremos mais!!!
    Paguem o que é de direito!!!

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