Cuba quer substituir metade de importações de arroz em cinco anos

Cuba produz atualmente 250 mil toneladas de arroz e no ano passado importou 600 mil toneladas, principalmente do Vietnã e da China.

O vice-ministro de Agricultura cubano, Juan Pérez Lama, afirmou hoje que o Governo tem um plano para reduzir em 50% em cinco anos as importações de arroz, o que incluirá o fornecimento de provisões e equipamento. Cuba produz atualmente 250 mil toneladas de arroz e no ano passado importou 600 mil toneladas, principalmente do Vietnã e da China, com um preço no mercado internacional que oscilou entre os US$ 400 a tonelada no começo do ano e os US$ 1.200.

– Fizemos o programa a cinco anos, aos cinco anos avaliamos – disse hoje Pérez Lama, após participar do 4º Congresso Internacional do Arroz em Havana.

Segundo o vice-ministro, a base produtora será estatal.

Em sua apresentação, o vice-ministro indicou que o aumento da produção será realizado com a estratégia de recuperar 150 mil hectares dos antigos arrozais, a incorporação de outros 150 mil hectares de novas áreas e o aumento dos rendimentos, mas não precisou o valor total do investimento.

O vice-ministro indicou que o custo médio de produção da tonelada em Cuba se encontra acima dos US$ 250 por tonelada, quantidade que chega aos US$ 430 no caso do cultivo especializado desse grão.

– Sempre o custo de produção de arroz no país foi mais barato que hoje o da importação, isso não foi assim há muito tempo – disse.

Ele explicou que pela alta demanda de água a qual requer o arroz, apesar de ter havido “os recursos e as condições”, a seca que atingiu especialmente o leste cubano nos últimos anos não permitia um aumento da produção de arroz.

O plano prevê, disse, a “asseguração de recursos integral, investimentos de maquinaria, manutenção de irrigação, indústria e insumos (provisões) produtivos”.

O Governo do presidente Raúl Castro confia em que as reformas introduzidas no setor agrícola cubano começarão a dar resultados em sua balança comercial a partir de 2009, com a queda das importações de alimentos de entre 5% e 10%.

Cuba antecipa um “reordenamento” do setor agrícola, imerso em uma precária e deprimida situação, com base na descentralização administrativa, na entrega de meios a camponeses e cooperativas, melhores preços para os produtores e terras em usufruto para aqueles que pedirem.

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