Cultivo de arroz ganha espaço no Marajó

té a última safra, a área plantada de arroz foi de dois mil hectares. Agora, está preparando o cultivo de três mil hectares, em plantio que começará em julho.

Na quinta-feira, quando se realizou na Câmara Municipal de Cachoeira do Arari sessão especial comemorativa do 179º aniversário de fundação do município, foram homenageados com a entrega do título honorário de cidadania, entre outros, o presidente da Faepa, Carlos Xavier, e o deputado federal Paulo Cesar Quartiero. Essas homenagens têm um valor simbólico, porque ocorreram num momento em que, a partir de Cachoeira, o vale do rio Arari ganha uma nova atividade econômica que poderá mudar a paisagem rural do Marajó e lançar, finalmente, as bases do desenvolvimento econômico sustentável em quase todo o arquipélago.

Quartiero, para quem não se lembra, era o líder dos arrozeiros de Roraima quando foi criada a reserva indígena Raposa Serra do Sol. Expulso das terras, ele acabaria ganhando logo depois o reconhecimento da população roraimense, que o elegeu deputado federal, mas nem por isso se acomodou. Com as poucas economias que tinha, veio se fixar no Pará. Membro de uma família tradicionalmente ligada à agricultura, Quartiero tem – e ele admite isso – o que se pode chamar de “olho clínico” para assuntos da terra.

Aqui, esteve primeiramente nas terras do Jari e, depois, nas várzeas de Santarém, antes de se fixar em Cachoeira do Arari, onde está há dois anos. Até a última safra, a área plantada de arroz foi de dois mil hectares. Agora, está preparando o cultivo de três mil hectares, em plantio que começará em julho. A produtividade alcançada nesta fase inicial está em torno de 6.500 kg por hectare. Quartiero aposta, porém, que logo poderá se equiparar ou mesmo superar os dois maiores produtores do Brasil – Rio Grande do Sul e Santa Catarina, Estados onde a produtividade média é de 7 e 8 mil quilos por hectare, respectivamente.

O arroz produzido em Cachoeira é o agulhinha tipo um, qualitativamente o melhor disponível no mercado, todo beneficiado no engenho que ele trouxe de Roraima e que hoje está implantado na vila de Icoaraci. Além de arroz, está investindo em pecuária e já tem planos inclusive para criação em confinamento e, no futuro, a montagem de um frigorífico. Na rizicultura, sua meta já está definida. “Em Roraima, eu plantava cinco mil hectares. Aqui, quero chegar pelo menos a isso”. O Marajó, segundo ele, tem uma área agricultável superior a 300 mil hectares.

Mesmo em fase inicial, sua empresa já responde hoje pela geração de 80 empregos – uma novidade e tanto para o Marajó e, em especial, para Cachoeira do Arari, município onde o emprego formal, historicamente, está restrito quase que com exclusividade ao serviço público. Isso ajuda a explicar não só a homenagem recebida da Câmara de Vereadores, mas o apoio incondicional que hoje lhe dispensam o setor empresarial e as lideranças políticas da cidade. “Nós vamos fazer de Cachoeira do Arari um dos mais prósperos municípios do Pará”, afirmou na ocasião o prefeito Jaime Barbosa (PMDB). (Diário do Pará)

1 Comentário

  • fico orgulhoso como brasileirode ver pessoas com o sr Quartiero que não se dobra as lambanças do governo federal que está criando uma cobra quando faz reservas indigenas em area de fronteira, msemo contra orientação do exercito brasileiro hoje proibido de entrar naquelas terras de roraima!!!
    vamoa enfrente sr Quartiero e mostremos a esses petralhas que quem trabalha sempre vence e o destino deles e o esquecimento.

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