(Por Cleiton Evandro dos Santos – AgroDados/Planeta Arroz) O Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) divulgou nesta quinta-feira, 10 de junho, o levantamento do custo médio de produção de arroz no Rio Grande do Sul na safra 2020/21. Os números finais levam em conta o modelo já utilizado pelo instituto há pelo menos duas décadas e incluí, entre outros fatores, depreciação de máquinas, arrendamento, custos de terra, entre outros fatores a partir da coleta de informações por parte dos Núcleos de Assistência Técnica e Extensão Rural no interior do Estado. O custo médio ponderado para produção do saco de arroz em casca de 50 quilos nesta safra no Rio Grande do Sul, segundo o Irga, ficou em R$ 72,73. Já o custo por hectare ficou em R$ 11.567,74, considerando uma média de produtividade de 7.952,50 kg/ha – 159,05 sacos/ha (média RS – três safras). No entanto, é importante frisar que se trata de número referencial, considerando que cada lavoura tem uma realidade diferente e que a safra atual alcançou uma produtividade recorde de 180,2 sacas.
A metodologia utilizada pelo Instituto Rio Grandense do Arroz foi a mesma dos anos anteriores, sendo que parte desse custo serve também de base para a indenização por granizo, conforme Decreto Estadual que regulamenta essa cobertura. As alterações em relação ao custo da safra anterior (2019/2020) ocorreram mais nos itens indexados ao preço do grão.
A autarquia informa que, em relação à safra passada, o custo por hectare cultivado registrou uma alta de 14,78% neste ano. No ano passado, o levantamento revelou o custo em R$ 10.078,00 por hectare, com produtividade média de 155,77 sacos/ha (média RS – três safras).
O diretor comercial do Irga, João Batista Camargo Gomes, no entanto, alerta para o aumento que ocorrerá no custo da safra 2021/22, já visível, ainda não calculado, mas em fase inicial de estudo. “Inobstante à necessidade do produtor de vender para atender seus compromissos, deve haver cuidado na venda, como forma de não comprometer a safra que estamos iniciando. Além disso, no próximo plantio deveremos observar aspectos importantes em um cenário de incerteza de preços, tais como áreas com maior aptidão para a cultura, livres de arroz vermelho, avaliar bem a disponibilidade hídrica e outros aspectos, a fim de minimizar os riscos, se eventualmente não tivermos os preços desejados”, acrescenta Gomes.
Confira o levantamento completo clicando aqui.
(Com colaboração de Sérgio Pereira/Irga)