De olho nos defeitos

 De olho nos defeitos

Um alto teor de grãos inteiros é a grande busca dos produtores. É um parâmetro importante, mas diferentemente do que pensam muitos produtores, o que define o tipo na hora de comercializar o arroz em casca não é o percentual de quebrados, mas a incidência e a natureza dos defeitos. Se for industrializado, os percentuais de grãos inteiros e os de defeitos definem a tipificação. Para o arroz em casca, o percentual de quebrados é mais importante na comercialização com o Governo, que estipula um preço do produto para cada faixa de rendimento e de grãos inteiros. 

Pela legislação nacional em vigor, são considerados defeitos na classificação os grãos danificados, gessados, rajados, manchados, picados, amarelos, mofados, ardidos e pretos. Os três últimos são considerados defeitos graves, enquanto os demais são considerados defeitos gerais, havendo menor tolerância para a presença de grãos mofados, ardidos e pretos do que para os defeitos gerais na hora de ser feita a classificação para tipificação comercial. 

VALOR – A pós-colheita é a fase do processo produtivo onde se pode agregar mais valor ao arroz, pela qualidade, ou perder mais dinheiro, pela deterioração. A gestão qualificada das operações de secagem e armazenamento, principalmente, pode fazer a diferença. Estudando perfis de preços na comercialização do arroz em casca, com produtores possuidores e não possuidores de unidades de armazenamento na propriedade rural, uma equipe do Centro de Estudos e Pesquisas em Agronegócios (Cepan), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), comprova o que têm divulgado pesquisadores do Irga, da Embrapa e da UFPel, principalmente, sobre as vantagens de os orizicultores armazenarem nas propriedades.

Questão básica
Quando armazena na propriedade, os resultados positivos para o agricultor não se refletem apenas no melhor preço de venda por ter produto de melhor qualidade e poder escolher o momento mais adequado para a comercialização. Devem ser considerados aspectos vinculados à logística e aos custos de produção. No momento da safra, por exemplo, os fretes são mais escassos e mais caros. Pagando por tonelagem transportada, o agricultor paga por transportes de excessos de água e impurezas ou sofre descontos por esses excessos caso comercialize os grãos na condição de colheita.

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