De volta aos trilhos
A retomada do cadastramento dos armazéns da Companhia Estadual de Silos e Armazéns (Cesa) via Conab pode ser considerada uma das primeiras conquistas do novo presidente da entidade, Jerônimo de Oliveira, que assumiu em 26 de janeiro deste ano. Ele explica que a companhia está há 15 anos sem fazer nenhum investimento na ampliação de sua capacidade estática e ainda soma dívidas contraídas pelas gestões anteriores.
Oliveira tem pela frente a missão de reorganizar toda a rede da Cesa, fazer uma reforma na gestão, modernizar a entidade, inclusive com a implantação da área de informática, que não existia, e fechar a contabilidade, que desde 2008 foi apagada. “O prejuízo em 2010 foi de R$ 33 milhões. Nos últimos seis anos a empresa gerou um prejuízo ao Estado de R$ 120 milhões, dinheiro que poderia ser aplicado em outras áreas, como saúde e educação”, resume.
De acordo com Oliveira, a Cesa caiu por falta de gestão, de administração, desleixo e também por indústria trabalhista que se instalou na empresa – aos moldes de outras estatais – e que hoje tornou o passivo quase insuportável. “São cerca de 680 ações trabalhistas contra a Cesa decorrentes de gestões anteriores. Estamos em processo de recuperação da empresa, que ainda tem um prejuízo operacional muito grande. Nosso trabalho, portanto, é primeiro torná-la superavitária para depois começar a investir no aumento da capacidade de armazenamento em áreas mais estratégicas”, informa.