Demanda frequente por genética
Diante do quadro de quebra sistemática da resistência genética aos fungos pela brusone, os centros de pesquisas vivem demandados pelas regiões produtoras do Brasil Central por cultivares com resistência genética às raças do fungo, qualidade de grãos e alto potencial produtivo. A pesquisadora Marta Cristina Corsi de Filippi, da Embrapa Arroz e Feijão, explica que por meio do manejo genético há trabalhos sendo desenvolvidos nas unidades da Embrapa, e outros parceiros, nos quais pretende-se obter resistência à brusone com durabilidade.
Esta durabilidade pode ser atingida utilizando-se mais de uma cultivar, desenvolvidas com diferentes genes de resistência, permitindo a diversificação e o manejo destes genes de resistência. Preconiza o manejo em que cultivares geneticamente resistentes apresentem genes de resistência distintos e não aparentados. A pesquisa pretende desenvolver um modelo de diversificação de cultivares de arroz com genes diferentes de resistência à brusone como método sustentável de controle da doença.
Segundo as pesquisadoras da Embrapa, para prolongar a vida útil das tecnologias de resistência já conhecidas e utilizadas nos materiais genéticos disponíveis, os produtores devem seguir as medidas do manejo integrado, e, entre estas, evitar a uniformidade genética quando se escolhe a cultivar a ser plantada é fundamental. Isto é, deve-se priorizar a escolha de mais de uma cultivar resistente aos fungos, evitando assim a monocultura.
QUESTÃO BÁSICA
O manejo das doenças do arroz pode ser consultado na integra na publicação Brusone, disponível na página da Embrapa Arroz e Feijão: https://www.embrapa.br/arroz-e-feijao/busca-de-publicacoes/-/publicacao/1030631/brusone-no-arroz. Esta publicação teve a colaboração dos pesquisadores Clei Donizete Nunes, da Embrapa Clima Temperado, e Cláudio Ogoshi, então no Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga).
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