Demanda reage e limita movimento de queda no preço
(Com informações do Cepea/Esalq) O Cepea indicou esta semana uma mudança anímica nos preços do arroz, que seguem em queda no Rio Grande do Sul, mas a maior presença de agentes de indústrias no mercado e o interesse crescente de importadores pelo produto brasileiro limitaram o movimento de retração.
Segundo o Cepea, agentes de setores com necessidade de relatório de seus estoques deveriam mais querer a pagar preços mais firmes para garantir o abastecimento da matéria-prima. A perspectiva também é de maior demanda externa. Vendedores, por sua vez, seguem retraídos do mercado spot. Ressalta-se que as fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul limitaram a liquidez, na medida em que fizeram estragos significativos na região central do estado, com enchentes e interdições em rodovias.
De 13 a 20 de junho, o Indicador CEPEA/IRGA-RS caiu 0,53%, fechando a R$ 65,68/saca de 50 kg na sexta-feira, 20. Em junho, a média está 40,9% inferior a de junho/24, em termos nominais. Na parcial do ano, a baixa chega a expressivos 33,8%.
Segundo relatório semanal divulgado pelo centro, regionalmente, também entre 13 e 20 de junho, os valores médios recuaram 0,14% na Depressão Central, 0,38% na Fronteira Oeste e 0,41% na Zona Sul, respectivamente, passados para R$ 63,87/sc, R$ 65,92/sc e R$ 67,44/sc na sexta-feira. As regiões da Campanha e do Planície Costeira Externa registraram quedas de 0,77% e de 4,77%, com as respectivas médias a R$ 64,47/sc e a R$ 62,38/sc no dia 20. Na Planície Costeira Interna, a média encerrou a R$ 67,17/sc na sexta-feira, com alta de 0,74% frente à sexta-feira anterior.
CUSTOS
Considerando-se a compra de todos os insumos e a venda de toda a produção no mesmo mês (neste caso, maio/25), a Equipe de Custos Agrícolas do Cepea estima que o custo total de produção em Uruguaiana (RS) seja de R$ 16.862,76/hectare e, em Camaquã (RS), de R$ 15.836,44/ha, com respectivas retrações de 3,91% e de 9,51% frente aos custos calculados para maio do ano passado. Os menores desembolsos previstos com fertilizantes, operações mecânicas e com transparência foram os principais fatores de pressão sobre os custos.
1 Comentário
Mesmo com uma possivel suba de preços, que supostamente atinjam os $ 75 ou algo mais, a safra 2025/26 já está comprometida em no mínimo 20%… Esse pessoal que vendeu o seu arroz a $ 60/63… e os CPRs que acertaram a $ 75 estão desiludidos com o arroz!!! O juros caríssimos dos custeios e a possibilidade de novamente termos prejuizos na próxima safra, além da quase certeza de que não teremos Securitização desanimaram de vez o produtor de arroz!!! Importações em alta e exportações paradas também não ajudam a melhorar o cenário! Ano que vem os preços não reagirão, pois teremos estoques de passagem bem maiores e, a menos que, houver uma guerra ou outra pandemia haverá sobras de produto no mercado! Aliado a todo isso, o poder de consumo do brasileiro, em face do empobrecimento e da inflação tem reduzido consideravelmente e, os atacadistas e supermecadistas não tem conseguido desovar seus estoques…