Depois do tempo seco atrapalhar a semeadura, chuvas podem agilizar o plantio
Chuva esta semana dará o start para um avanço mais significativo do plantio de soja.
O tempo seco fez produtores reduzirem a intensidade da implantação no Estado; em algumas regiões, foi necessária inclusive a paralisação da atividade.
A umidade dos solos foi o fator condicionante para a continuidade dos plantios nas regionais da Emater/RS-Ascar de Ijuí, Soledade, Santa Rosa, Bagé, Frederico Westphalen, Santa Maria, Passo Fundo, Pelotas, Porto Alegre e Caxias do Sul. Na de Ijuí, a semeadura praticamente paralisou, sendo realizada apenas nas áreas com irrigação, ainda pouco expressivas em relação à área total a ser cultivada na região. Com vários dias sem precipitações, a umidade o solo está muito abaixo da ideal para a semeadura e germinação das sementes.
Assim, os produtores não realizam semeadura para evitar perda de sementes.
Nas áreas com irrigação, os cultivos estão com bom desenvolvimento inicial. Nas de sequeiro, a emergência é desuniforme e já ocorre morte de plântulas. Na de Soledade, a semeadura está paralisada; alguns produtores semearam durante a semana na perspectiva do retorno das chuvas, sob o risco de a semente iniciar a germinação e não ter as condições de umidade para o início do desenvolvimento vegetativo. Até o momento, há três por cento implantado.
Na região de Santa Rosa, os agricultores esperam a retomada da umidade para efetivar a semeadura; alguns já o fizeram na expectativa de que houvesse chuva, o que não aconteceu. A baixa umidade do ar e do solo tem impedido a realização da dessecação das áreas que receberão a oleaginosa. Os produtores aproveitam o momento de paralisação dos plantios para intensificar a colheita do trigo e liberar as áreas para a semeadura da soja.
Na regional de Bagé, o plantio que havia iniciado na Fronteira Oeste na semana anterior, atualmente está paralisado.
Na Campanha, em Dom Pedrito, a intenção de plantio é de 120 mil hectares; a atividade foi realizada em 5% da área, mas o prosseguimento está condicionado ao retorno das precipitações. Na de Frederico Westphalen, a semeadura está paralisada. Até o momento já foram plantados 4.200 hectares, que corresponde a 1% da intenção de plantio. Na regional da Emater/RS-Ascar de Santa Maria, 29.815 hectares já foram implantados, correspondendo a 3% da intenção de plantio; na de Passo Fundo, 32.400 hectares, equivalendo a 5% da área prevista para a safra, com as lavouras em fase de germinação.
Na região da Emater em Pelotas, os cultivos estão iniciando. Em Herval, 9% das áreas estão semeadas; em Arroio Grande e Canguçu, 11%; em Piratini, 20% da intenção de cultivo já foi implantada. Na de Porto Alegre, 28.900 hectares foram implantados, correspondendo a 20% da intenção de plantio da região para essa safra.
Na regional de Caxias do Sul, a semeadura avança de forma lenta devido à falta de umidade do solo. Em áreas com solo bem estruturado e boa cobertura, os produtores realizam a semeadura usando sementes tratadas e apostando na chegada da chuva para o final do mês, condição que garantiria boa germinação.
Mercado (saca de 60 quilos)
Segundo o levantamento semanal da Emater/RS-Ascar, o preço médio da cultura chegou em R$ 151,68/sc., com aumento de 2,38% em relação ao da semana anterior. Na região de Bagé, o preço da oleaginosa é de R$ 150,00/sc.; em Passo Fundo, está variando entre R$ 148,00 e R$ 150,00. Na de Ijuí, o preço é de R$ 149,50; Santa Rosa, a cotação da saca é de R$ 147,80; na de Soledade, R$ 150,40; Caxias do Sul, R$ 152,00; Porto Alegre, R$ 142,00; Santa Maria, R$ 150,80; na regional da Emater/RS-Ascar de Pelotas, os preços praticados são entre R$ 147,00 e R$ 155,00. Na de Frederico Westphalen, entre R$ 150,00 e R$ 152,00/sc de 60 quilos.