Deputado Schirmer pede medidas de proteção ao arroz
O deputado federal César Schirmer, somou-se ao coro de deputados ruralistas que está pedindo ao Governo Federal a adoção de medidas de proteção ao arroz brasileiro e denuncia o risco de 20 mil demissões no setor.
É injustificável a falta de apoio, por parte do governo federal, que tem os produtores de arroz do Rio Grande do Sul. A frase é do deputado federal, Cézar Schirmer (PMDB/RS), em solidariedade a preocupante situação dos produtores gaúchos de arroz que, além das perdas com a estiagem deste ano, enfrentam alta concorrência dos produtos que entram no Brasil e o baixo preço pago pelos grãos. Schimer dispara que a produtividade do campo é alavança para o progresso econômico do país, lembrando também que o resultado da balança comercial está imtimamente ligada as exportações da produção primária brasileira.
Schirmer pediu que o governo federal dê urgência na questão da sobretaxa do arroz que é exportado para o Brasil. Pedimos que eles sobretaxem os produtos em 35%, do Mercosul, e 50%, dos demais países, uma vez que hoje eles entram no páis a custo zero e 12%, respectivamente. Precisamos de urgentes medidas de proteção ao grão, antes que os produtores gaúchos decidam bloquear as fronteiras para impedir entrada de grãos de fora do país , alerta. Segundo projeções da Ferarroz, o mercado brasileiro será o destino de grande parte do excedente da Argentina e Uruguai, que devará chegar a 1,5 milhão de toneladas.
O presidente da Associação dos Arrozeiros de Santa Maria, Sérgio Renato de Freitas, lembrou que os prejuízos dos produtores de arroz chega a R$ 8,00 por saca. O preço do grão é outro problema que enfrentamos, lembra Freitas, ao contar que recebe R$ 22,22 por cada saco de arroz produzido, enquanto gasta em média R$ 30,00 para produção. O deputado Schirmer lamenta também que a crise do setor orizícola poderá levar os produtores a demitir cerca 20 mil trabalhadores das lavouras gaúchas até o final da colheita. Com os baixos lucros do setor, os produtores pretendem conter os gatos, deixando de comprar insumos e máquinas para próxima safra.