Diretor da Embrapa diz que setor de sementes de arroz está se profisssionalizando
utilização de sistemas de produção de sementes, com padrões de lavoura bem definidos, faz com que um quilograma de semente genética, torne-se milhares de toneladas de sementes comerciais autênticas.
A indústria sementeira de Mato Grosso atualmente possui nove indústrias credenciadas no Ministério da Agricultura. Investimentos em pesquisas e melhoramentos definem quais cultivares são aconselhadas para cada região buscando elevar a produção por hactare. A utilização de sistemas de produção de sementes, com padrões de lavoura bem definidos, faz com que um quilograma de semente genética, torne-se milhares de toneladas de sementes comerciais autênticas.
O estado conta com o Escritório de Negócios da Embrapa Transferência de Tecnologia localizado em Rondonópolis e o gerente Valter José Peters, que é agrônomo, esteve ontem, em Sinop, no 2° Seminário da Cultura do Arroz em Terras Altas, palestrando sobre, a organização da atividade sementeira em Mato Grosso. Peters disse que a atividade sementeira no Estado passou por uma readequação.
– Já tivemos até 18 sementeiros no Estado, hoje são nove regularizadas – afirmou.
O setor está se profissionalizando, e a tendência, segundo Peters, é diminuir o espaço para os sementeiros piratas.
Cerca de 30 % da semente de arroz produzida no Estado é plantada aqui, e 70% é exportada para Goiás, Tocantins, Pará e uma parcela dos produtores compra em outros Estados. Outros plantam sementes não autorizadas. Uma nova legislação para comercialização de sementes, que tramita no congresso, proibirá o produtor plantar sementes sem certificação, aplicando pesadas multas.
Valter diz que a auto-suficiência da produção no estado chegará com as necessidades do mercado conforme o agricultor vai conhecendo as vantagens, ele adere às sementes industrializadas. Com o aumento da procura, mais empresários investirão na produção sementeira, avalia.
As principais cultivares em Mato Grosso, conforme o agrônomo, são: Primavera e Cirad, que são as mais antigas e de domínio público, a BRS Sertaneja, BRS Coringa, Pepita, Monarca, AN Cambará, dentre outras. Na atual safra, a demanda de Mato Grosso foi 18 mil toneladas de sementes.