Diretor de Centro de Arroz dos EUA visita a Embrapa

O pesquisador norte-americano David Gealy avalia que há uma relativa e momentânea estagnação do consumo mundial de arroz, especialmente porque países que são tradicionalmente grandes consumidores do grão, como a China, na medida em que elevam sua renda per capita, agregam aos cardápios outros tipos de alimentos, como por exemplo mais carnes.

O pesquisador David Gealy, diretor do Centro Nacional de Pesquisa de Arroz dos EUA, ligado ao Departamento de Agricultura, esteve no começo da semana passada em visita à Embrapa Clima Temperado, em Pelotas, para conhecer as pesquisas da unidade com o cereal e iniciar contatos com vistas a programa de intercâmbio técnico. Gealy conheceu laboratórios e os experimentos de campo da Estação Terras Baixas, no Capão do Leão. É sua primeira visita ao Brasil. Ele participou, como conferencista, no restante da semana, do 4o Congresso Brasileiro de Arroz Irrigado, em Santa Maria, juntamente com outros especialistas da Embrapa e de outras instituições.

O técnico norte-americano, que é fisiologista e especializado em plantas daninhas, conversou com os diferentes grupos temáticos que pesquisam arroz na Embrapa Clima Temperado (melhoramento, manejo, sementes) e definiu o trabalho realizado pela unidade como “importante e criativo”. O Centro que Gealy dirige está localizado no estado de Arkansas, mas atua em diversas outras regiões produtivas dos EUA. Naquele país, toda a orizicultura é irrigada.

Conforme sua avaliação, há uma relativa e momentânea estagnação do consumo mundial de arroz, especialmente porque países que são tradicionalmente grandes consumidores do grão, como a China, na medida em que elevam sua renda per capita, agregam aos cardápios outros tipos de alimentos, como por exemplo mais carnes.

Mesmo assim, Gealy crê em boas perspectivas para o arroz que, segundo ele, é visto pelas donas de casa e os consumidores norte-americanos como produto natural e limpo. Acha também que será possível obter lucros com a agregação de valor e a exploração de novos nichos de mercado, como por exemplo, os arrozes aromáticos e coloridos.

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