Dívida de arrozeiro pode ser postergada

Crise de comercialização inviabilizou muitas lavouras brasileiras.

Na última safra foram produzidas 13,2 milhões de toneladas de arroz no Brasil, o que contribuiu para um excesso de oferta
O Banco do Brasil deve sustar a cobrança dos financiamentos – que já estão vencendo – concedidos aos produtores catarinenses de arroz, enquanto o Conselho Monetário Nacional não definir as medidas para minimizar a crise que se abateu sobre o setor.

A medida foi acertada entre a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) e a superintendência estadual do banco, juntamente com a Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetaesc) e a Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc).
O vice-presidente da Faesc, Enori Barbieri, passou uma semana em Brasília e Florianópolis mantendo reuniões e encontros nos ministérios e nas entidades nacionais do agronegócio.

Ele anunciou que o Conselho Monetário Nacional (CMN) se reunirá no dia 28 para aprovar resolução prorrogando a primeira e a segunda parcelas dos financiamentos de custeio que vencem neste ano e, assim, aliviar a pressão sobre os produtores que não conseguem vender o arroz para pagar bancos.

“A suspensão da cobrança dos financiamentos até que seja resolvido o impasse pelo CMN é uma decisão justa, pois evitará levar milhares de arrozeiros à falência”, comemorou Barbieri.
Barbieri assinala que atualmente há excesso de oferta no mercado interno.

Até 2003, o Brasil importava arroz da Argentina, Uruguai, Estados Unidos e Tailândia para suprir a demanda interna. O estímulo à produção e o aumento da produtividade levaram o Brasil a obter auto-suficiência em 2004 e, em 2005, a produzir 13,2 milhões de toneladas de arroz que se somarão a mais 1,5 milhão de toneladas do estoque de passagem.

Fonte: A Notícia

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