Doença emergente na lavoura de arroz reduz qualidade do grão

Cárie do grão ou falso-carvão é caracterizada pelo aparecimento de uma massa preta de esporos nos grãos de arroz e nas últimas safras sua intensidade aumentou.

Ainda emergente nas lavouras de arroz do Rio Grande do Sul, a cárie do grão necessita de cuidados que vão além do manejo. A doença é caracterizada pelo aparecimento de uma massa preta de esporos nos grãos de arroz e nas últimas safras sua intensidade aumentou. Ela causa perda de produtividade e redução na qualidade dos grãos e das sementes. A incidência está relacionada às altas temperaturas e a umidade relativa durante o florescimento.

Segundo Gustavo Funck, pesquisador do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), nas safras passadas houve ocorrência da cárie em praticamente todas as regiões produtoras. Apenas na Zona Sul os casos não foram evidentes devido às particularidades climáticas. A doença se manifesta logo após o período da antese (florescimento) e no início os grãos ficam quebradiços com alguns pontos escuros, como se fossem dentes cariados.
Funck comenta que existem relatos de produtores estimando danos de até 40 sacos por hectare na Fronteira Oeste.

– São necessários maiores estudos para estimar precisamente os danos causados pela cárie – afirma.

Ele explica que o controle eficiente ocorre com a pulverização de fungicidas triazóis logo após a fase de emborrachamento. O tratamento de sementes não tem efeito para o controle da cárie.

– Os produtores podem se prevenir desta doença através de um bom manejo na sua lavoura, evitando principalmente adubação nitrogenada em excesso, semeadura na época recomendada, e alternância de cultivares – frisa o pesquisador.

Como é relacionada a condições climáticas específicas, não é possível prever a ocorrência da cárie para esta safra.

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