Dois assentamentos rurais vão colher 250 toneladas de arroz
As regiões dos assentamentos são propícias ao cultivo de arroz por terem grande potencial.
O EMATER/PI – Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural, em parceria com o Programa de Crédito Fundiário, desenvolve, desde o ano passado, nos assentamentos Pilões de Pedras, no município de Porto, e Aninga, em Joaquim Pires, o projeto de arroz orgânico irrigado. Até o final de julho, deve ser realizada a primeira colheita.
A expectativa é de que sejam colhidas 250 toneladas de arroz nos 50 hectares cultivados por 65 famílias dos dois assentamentos. A produção deve ser utilizada para o consumo próprio das famílias, sendo que 10% da produção serão destinados às associações de moradores (como taxa de manutenção de equipamentos) e o excedente será vendido para comerciantes locais. O preço gira em torno de R$ 800 reais a tonelada, totalizando 200 mil reais de produção. Cada família deve ter um rendimento de cerca de R$ 3.100 reais.
Segundo o Tec. Agríc. Aldo Queiroz, extensionista do EMATER, do escritório do município de Porto, que presta atendimento àquela região, a produção ainda é manual e apenas o debulhamento é feito com o auxilio de maquinário próprio das famílias. A irrigação é feita com bombas elétricas. Ele explica que esse sistema é mais prático.
– Antes as famílias utilizavam bombas a diesel. Agora com a bomba elétrica, eles não gastam mais com o diesel e ainda não precisam regar pé-por-pé como antes – explica Aldo.
Ainda de acordo com Aldo, as regiões dos assentamentos são propícias ao cultivo de arroz por terem grande potencial hídrico devido à proximidade com o rio Parnaíba e as lagoas existentes nos assentamentos como a lagoa Aninga (no assentamento Aninga) e a lagoa das Traíras (no assentamento Pilões de Pedras). Segundo Aldo Queiroz, a proximidade destes corpos hídricos ajuda também na potencialidade do solo da região.
– As inundações aumentam a fertilidade do solo, além de renová-lo, porque o próprio movimento das águas faz a limpeza do solo. Por isso, que a gente não utiliza herbicidas nem inseticidas caracterizando a produção como orgânica – finaliza Aldo Queiroz.