Dólar fecha em queda com cena externa no radar

 Dólar fecha em queda com cena externa no radar

(Imagem: Reuters)

(Por G1) O dólar fechou em queda nesta terça-feira (11), em dia de fraqueza da moeda norte-americana no exterior por leituras de mais inflação nos Estados Unidos.

Os agentes também avaliaram a ata da reunião do Copom que levou a Selic a 3,5% na semana passada, e os dados de inflação de abril do Brasil.

A moeda norte-americana recuou 0,12%, cotada a R$ 5,2222.

Na segunda-feira, o dólar fechou em alta de 0,03%, a R$ 5,2284. Na parcial do mês, acumula queda de 3,84%. No ano, o avanço ainda é de 0,67%.

Cenário

Na agenda do dia, o IBGE divulgou a inflação oficial de abril, que mostrou alta de 0,31% – levando o acumulado em 12 meses a 6,76% – estourando pelo segundo mês seguido o teto da meta estabelecida pelo Banco Central para este ano, de 5,25%.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central avaliou nesta terça-feira que, a despeito da intensidade da segunda onda da pandemia ter sido maior que a esperada, o segundo semestre do ano deve mostrar uma “retomada robusta da atividade, na medida em que os efeitos da vacinação sejam sentidos de forma mais abrangente”.

A informação consta na ata de sua última reunião, realizada na semana passada, quando a taxa básica de juros da economia avançou de 2,75% para 3,5% ao ano por conta das pressões inflacionárias.

A expectativa do mercado é de que uma nova alta de 0,75 ponto percentual na Selic deva ocorrer em junho.

A Selic em alta aumenta a diferença entre os retornos oferecidos no Brasil ante os dos Estados Unidos e de outros mercados emergentes, o que eleva a atratividade do real, potencialmente valorizando a moeda.

Na cena externa, os olhos do mercado estão voltados para a leitura do índice de preços ao consumidor norte-americano referente a abril, que será divulgado na quarta-feira.

Na avaliação de analistas, um número moderadamente mais alto não deve mexer com os planos do banco central dos Estados Unidos (Fed) de manter os juros perto de zero e seguir comprando títulos, o que tende a manter o dólar sob pressão.

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