Dólar tem forte queda e fecha a R$ 5,45
Nesta segunda-feira, a moeda norte-americana recuou 2,25%, com os investidores de olho no noticiário político local.
O dólar fechou em forte queda nesta segunda-feira (25), dando continuidade às perdas da sessão anterior, com maior apetite por risco no exterior e com os investidores de olho no noticiário político local.
A moeda norte-americana caiu 2,25%, cotada a R$ 5,4587. É o menor patamar de fechamento desde 30 de abril (R$ 5,4397).
Já a Bovespa subiu 4,25%, a 85.663 pontos.
No acumulado do ano, a moeda tem alta de 36,13%. Na parcial do mês, o avanço é de 0,35%.
O Banco Central vendeu nesta segunda todos os US$ 2 bilhões ofertados em leilão de rolagem de linhas de dólares com compromisso de recompra e colocou também o lote integral de 12 mil contratos de swap cambial tradicional, também para rolagem.
Cenário externo e interno
Segundo a agência Reuters, o mercado ainda repercutiu o vídeo da reunião ministerial com divulgação autorizada pelo STF e cujo material, na visão de analistas de mercado, não trouxe elementos novos com potencial de trazer maiores complicações políticas para o presidente Jair Bolsonaro.
"Não obstante, a crise política deve continuar, dessa vez com o foco nas acusações de Paulo Marinho sobre vazamentos da Operação Furna da Onça por um delegado da PF para Flávio Bolsonaro", avaliou a Guide Investimentos.
Na agenda do dia, os economistas do mercado financeiro baixaram pela 15ª vez seguida a previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano. A expectativa para o tombo da economia no ano passou de 5,12% para 5,89%. Já a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2020 avançou de R$ 5,28 para R$ 5,40.
Pesquisa divulgada pela Fundação Getulio Vargas (FGV) mostrou leve alta na confiança dos consumidores em maio, com recuperação de apenas 13,2% da queda de 29,6 pontos acumulada nos dois meses anteriores.
No exterior, a reabertura da economia em mais países contribui para um maior otimismo dos investidores, apesar das persistentes incertezas sobre os impactos e duração da crise da pandemia do coronavírus.