El Niño intenso pode retornar no final do mês

Pesquisadores voltam a prever El Niño de maior intensidade. Na safra que está sendo colhida, havia uma previsão de chuvas mais intensas no Sul do Brasil a partir de dezembro, que não se confirmou.

O El Niño, o fenômeno atmosférico que causou danos materiais e às lavouras no valor de US$ 96 bilhões em 1997 e em 1998, pode estar retornando. Um aquecimento inesperado do Oceano Pacífico em fevereiro reduziu a pressão atmosférica do Taiti à Austrália para o patamar mínimo dos 22 últimos anos. Alteração semelhante oito anos atrás resultou no intenso El Niño que causou estiagens na Ásia, inundações na América do Sul e tornados nos Estados Unidos.

As águas mais quentes deverão alcançar as costas da América do Sul no fim deste mês, aumentando as temperaturas da superfície ao longo do caminho, informou Centro Nacional do Clima de Melbourne, na Austrália. “É mais que o dobro do risco normal”, disse Roger Stone, professor associado de climatologia da Universidade de Queensland do Sul, na Austrália.

Segundo ele, as chances de o fenômeno El Niño desenvolver-se até meados do ano são de cerca de 50%, em comparação com os 20% normais. A volta de El Niño, que emerge primeiro na Austrália e leva meses para se desenvolver, poderá agravar as estiagens que ressecaram os cafezais no Vietnã, as plantações de cana-de-açúcar na Índia e na Tailândia e as de soja no Brasil.

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