Em busca de respostas

“As perguntas mudaram, a resposta é uma só”

Há um bordão popular que diz: “Quando eu encontrei as respostas, Deus mudou as perguntas”. O exemplo vale para este ano comercial. Quando a lavoura foi reduzida ao tamanho almejado há pelo menos uma década e a oferta ajustada, vieram as variáveis de mercado e mudaram quase tudo. Com a desvalorização do dólar perante o real, o mercado internacional reduziu o ímpeto de compras no Brasil, com a gigantesca safra de soja no restante do país, os preços internacionais caíram, e mesmo com a redução de quase 900 mil toneladas de arroz no Mercosul, o mercado não se mexeu a ponto de assegurar uma boa margem de preços sobre os custos de produção.

A fórmula de vender bois e soja no primeiro semestre – e milho, eventualmente – e deixar o arroz para vender mais no fim do ano, quando “pega preço”, com a saca de soja abaixo de R$ 130,00, já não é uma fórmula tão válida. O mesmo vale para milho e para o trigo para quem ainda tem. O boi ainda vai se equilibrando, mas não em um cenário tão motivador assim. A soja voltará a subir, sabemos, mas as contas vão esperar? O arroz deve se fortalecer também, embora não nos mesmos patamares, mas as contas vão esperar? É mais caro carregar esses produtos armazenados e com o custo que isso implica ou vendê-los agora? O dólar, como vai se comportar? E o clima na próxima safra vai interferir como na oferta?

As perguntas mudaram, mas a resposta segue sendo uma só: é preciso voltar às contas, qualificar a gestão, saber o custo de cor e, em cima disso, planejar a comercialização dentro de sua realidade. Não há fórmula pronta.

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