Em defesa da orizicultura
Federarroz contabiliza os avanços do setor .
A Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), desde sua fundação, em setembro de 1989, trabalha para garantir meios que assegurem remuneração justa ao arroz brasileiro e para sensibilizar o Governo nas questões macroeconômicas e conjunturais que afetam o setor.
A entidade, presidida por Renato Caiaffo da Rocha, tem seu trabalho reconhecido pela categoria e desen-volve ações para reduzir custos de produção, aumentar a produtividade da lavoura, sem perder o foco na sustentabilidade e questões ambien-tais. Em 2008 a Federarroz teve atuação destacada em diversos pleitos encaminhados ao Governo Federal, Mapa, Conab, Fepam e Câmara Setorial, contribuindo com sugestões para a formulação do Plano Agrícola e Pecuário da safra 2008/2009.
Cobrou soluções para o endividamento e participou do processo que resultou na Lei 11.775/2008 e ações pela liberação de mecanismos de comercialização (AGF, opções, PEP e Pepro), aprovação do orçamento geral da União e contenção da alta dos insumos no custo de produção do arroz, entre outras demandas da cadeia produtiva.
A direção da entidade esteve mobilizada ao lado de deputados federais para que o Mapa aprovasse a doação humanitária de arroz da Conab a outros países (hoje realizada) e programas como Fome Zero. Este pleito teve como prioridade abrir espaço na Cesa à colheita de pequenos produtores e indústrias de pequeno porte. Defendeu a suspensão dos leilões da Conab quando interferiam negativamente nos preços.
EXPORTAÇÕES – A atuação da entidade foi decisiva para manter investimentos públicos na Cesa de Rio Grande, buscando aumento das exportações. Aproximou potenciais importadores com indústrias e cooperativas e apoiou outras iniciativas, colaborando para superar a meta das exportações, que chegaram a 750 milhões de toneladas em 2008.
Outras conquistas
AMBIENTAL – A entidade conseguiu agilizar a análise das licenças nos órgãos ambientais, bem como a resolução quanto à área potencial x área irrigada anual, mais prazo, regularização, outorgas e redução das taxas dos licenciamentos ambientais para a safra 2008/2009, entre outros.
INSUMOS – A Federarroz participou de fóruns e depôs na CPI dos Insumos Agrícolas, denunciando a má qualidade dos insumos e evidenciando os reflexos da alta do custo de produção do arroz. Manifestou-se pela redução da carga tributária para estimular a produção nacional de fertilizantes e controlar a alta nos preços. A Federarroz também trabalhou pela obtenção do parcelamento do consumo de energia para irrigação das lavouras e junto à Aneel, em Brasília, pleiteou a instalação de pontos de energia nos levantes elétricos de irrigação, sem perda dos benefícios da Portaria 207.
CUSTEIOS DA SAFRA 2008/2009 – A federação manteve audiências com a superintendência do Banco do Brasil para garantir os recursos de custeio e maior agilidade nas liberações da safra 2008/2009. Intermediou e participou na busca de soluções para vários obstáculos no processo e pela manutenção do vencimento de custeio em cinco parcelas (julho a novembro). R$ 500 milhões foram liberados para EGFs.
RECURSOS E FISCALIZAÇÃO – A Federarroz manteve quatro audiências com o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, e também com o secretário de Política Agrícola, Edílson Guimarães, e solicitou R$ 1 bilhão para a comercialização da safra 2008/2009 e também, junto à Conab, maior rigidez na fiscalização dos estoques da Conab no RS. Conseguiu a garantia de recursos para a comercialização.
BALANÇO – Em 2008 a Federarroz contabilizou dezenas de audiências com o setor público estadual e federal, além da expedição de 30 documentos com as entidades parceiras do setor. Teve ainda atuação destacada em diversas comissões ao lado do Irga, Farsul, Seapa/RS, Câmara Setorial Nacional do Arroz, Embrapa Clima Temperado e Conselho Nacional de Recursos Hídricos, Farsul, entre outros. Paralelamente fomentou a criação e reabertura de novas associações, como em Camaquã e Santa Vitória do Palmar.