(Por Extra) Após chuvas torrenciais que atingiram o estado de Kerala, na Índia, rios transbordaram e foram registrados deslizamentos de terra em várias localidades. O caos se instalou. Mas o casal Rahul e Aishwarya não podia esperar, pois estavam de casamento marcado naquela que é considerada a data mais auspiciosa em sua religião e, apesar de Thalavady, o vilarejo em que moram, estar submerso, eles não aceitavam adiar o grande dia, temendo que isso lhes trouxesse má sorte.
A tradição diz que os noivos devem ser levados juntos de carro ao templo onde será realizada a cerimônia. Só que todas as ruas de Thalavady estavam debaixo d´água. O que fazer? Familiares e amigos trouxeram a solução: Rahul e Aishwarya, que trabalham na área da Saúde em Chengannur (Índia), foram levados até o templo dentro de um enorme caldeirão de bronze usado para preparar arroz, a base da alimentação local.
E lá foram eles, com pouco conforto, mas com uma pitada de romantismo e fé. O caldeirão foi empurrado vagarosamente pela água até o templo para que os pombinhos pudessem se unir no dia em que, conforme a crença deles, os deuses tinham estabelecido como perfeito para o matrimônio.
O salão do templo também estava inundado, mas o altar não havia sido atingido pelas águas. Rahul e Aishwarya se tornaram marido e mulher. Por causa da Covid-19, poucos convidados testemunharam a união, todos com as pernas cobertas de água.
“Não ficamos como medo de viajar no barco do amor”, disse Rahul, referindo-se ao caldeirão. “Estamos felizes que o casamento tenha ocorrido no momento que deveria”, completou ele.