Em Goiânia

Mais de 60 cientistas da América Latina e do Caribe estiveram em Goiânia na segunda quinzena de março participando da Conferência Internacional do Arroz sobre melhoramento genético. O evento é promovido pela Embrapa Arroz e Feijão, dentro das atividades técnicas do Ano Internacional do Arroz. A chefe-geral da Embrapa Arroz e Feijão, Beatriz Pinheiro, informa que esta é uma oportunidade ímpar para a troca de experiências de caráter técnico. O delineamento de novas perspectivas científicas e a formação de uma rede de integração entre programas de melhoramento nacionais e internacionais também são debatidos. O evento também propõe uma revisão crítica dos programas de melhoramento genético da América Latina e Caribe, uma análise da situação atual e, ainda, permite projetar as perspectivas de desenvolvimento de novas cultivares e tecnologias a curto e médio prazos.

 

Zero colesterol

Entre as características do arroz, se destacam seu baixo nível de sódio e colesterol zero. O arroz também é fonte importante de vitaminas (tiamina, riboflavina e niacina) e minerais (fósforo, ferro e potássio) e de maneira mais limitada de proteínas (contém os oito aminoácidos essenciais para o corpo humano). A isso deve-se somar seu baixo custo e versatilidade para o cultivo.

 

Arroz perdido

Os cientistas do Instituto Internacional de Pesquisas de Arroz (IRRI), das Filipinas, que tem o maior banco de germoplasma de arroz das Américas e trabalha com variedades cuidadosamente conservadas e protegidas de arroz, descobriu um primo selvagem do cereal cultivado e que atualmente já não é mais encontrado na natureza. Essas raras sementes em perigo de extinção são consideradas cruciais na luta pela prevenção dos vírus do arroz no sul e sudeste da Ásia, que têm provocado grandes prejuízos às lavouras.

 

Taim

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e o Ibama estudam a possibilidade de ampliação da reserva ecológica do Taim. De acordo com o engenheiro agrônomo Cláudio Fernando Pereira, é necessário aumentar em três vezes os 33 mil hectares dessa importante unidade de conservação para preservar e pesquisar a vida silvestre dessa área. O agrônomo informou que, apesar dessa ampliação, mantém-se a principal atividade econômica da região (a lavoura de arroz) e a sustentabilidade da pesca. "Se os recursos hídricos não forem bem gerenciados, haverá escassez de água muito breve", concluiu.

 

Agenda

O Centro de Ciências Rurais da Universidade Federal de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, sediará no próximo ano o IV Congresso Brasileiro de Arroz Irrigado, que pela primeira vez acontece em uma universidade. O congresso visa a apresentação de trabalhos de pesquisa realizados na área de arroz irrigado nos últimos anos, na busca da congregação de pesquisadores. O evento fortalece e estimula a formação de grupos de pesquisa na região, valorizando o trabalho e estimulando o conhecimento. O professor Ênio Marchezan acredita que a realização do congresso em Santa Maria é um reconhecimento da pesquisa desenvolvida no meio acadêmico e da participação de pessoas envolvidas na cultura do arroz na cidade. A promoção é da Sociedade Sul-brasileira de Arroz Irrigado (Sosbai) e tem o apoio do Irga, Embrapa, Epagri/SC, UFPel e UFRGS. Mais informações sobre o congresso podem ser obtidas com Marchezan, na UFSM, pelo telefone (55) 220-8451.

 

Perfil do Rio Grande do Sul

• 140 municípios plantam arroz;
• 15.000 famílias produtoras vivem da lavoura de arroz;
• 350.000 empregos diretos são produzidos no campo pelo arroz;
• 10% da arrecadação do ICMS vem do arroz;
• 3,1% do PIB estadual vem do arroz;
• No Mercosul, há auto-suficiência na produção do produto. Brasil, Uruguai e Argentina produzem cerca de 13,5 milhões de toneladas.

 

Terras altas

O nome não poderia ser mais apropriado: BRS Colosso. Trata-se da nova cultivar de arroz desenvolvida pela Embrapa Arroz e Feijão que apresenta elevado índice de produtividade e maior volume de grãos inteiros no beneficiamento. O novo material, que acaba de ser lançado, de acordo com o melhorista Emílio da Maia de Castro, é, na realidade, a cultivar mais rentável desenvolvida pela empresa até o momento para plantios em terras altas. Com a vantagem de se adaptar aos mais diversos ambientes, pode ser plantada na Região Sudeste (Minas Gerais), no Centro-oeste (Goiás e Mato Grosso) e na Região Meio-norte (Maranhão e Piauí). As sementes já estão disponíveis para cultivos comerciais na próxima safra de verão.

 

Parlamentar

O arroz esteve em pauta e foi destaque no dia 24 de março na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul. A comissão do Mercosul e assuntos internacionais reuniu-se pela manhã com representantes das cadeias produtivas do arroz brasileira e uruguaia para discutir o mercado do arroz e a Tarifa Externa Comum (TEC). O presidente da comissão, deputado Berfran Rosado (PPS), também prestou homenagem, utilizando o espaço no Grande Expediente da AL, ao Ano Internacional do Arroz. Na reunião foi redigido um ofício posteriormente encaminhado aos ministérios das Relações Exteriores, Agricultura e Indústria e Comércio, juntamente para o diretor da Secretaria do Mercosul, Reginaldo Arcuri, e para o presidente da Comissão de Representantes Permanentes do Mercosul, Eduardo Duhalde.

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