Emater prevê produção estável na safra 2008/09 no RS
Os dados foram divulgados hoje, junto com a primeira pesquisa de intenção de plantio realizada pela entidade, que coleta informações de 485 escritórios municipais.
Os produtores gaúchos devem semear uma área de 6,350 milhões de hectares com as principais culturas de verão da safra 2008/09, resultado quase igual ao do ciclo anterior. Com base nas estimativas iniciais de rendimento, a Emater prevê a colheita de 20,3 milhões de toneladas, que também representa estabilidade em comparação à safra passada. Os dados foram divulgados hoje, junto com a primeira pesquisa de intenção de plantio realizada pela entidade, que coleta informações de 485 escritórios municipais.
O feijão deve ter a maior variação positiva, com 12,9% de crescimento na área, para 82.944 hectares na primeira safra. A produção deve subir 23,3% para 93.478 toneladas, estimulada pelos preços remuneradores. A área do arroz ficará estável, com apenas 0,84% de acréscimo sobre a safra anterior e a produção deve chegar a 7 milhões de toneladas (-4,42%).
A Emater considera um recuo de 5,24% na produtividade média da cultura, que teve um forte aumento nas últimas quatro safras. Para a entidade, dificilmente esse ritmo irá se manter.
Já a tendência para o milho é de alta de 1,46% na área, para 1,406 milhão de hectares, embora seu custo de implantação seja maior que o da soja. A variação de área foi estimulada pelos preços no momento em que o produtor decidiu o plantio, disse o agrônomo Gianfranco Bratta.
No Rio Grande do Sul, o plantio de milho começou em agosto e se estende até janeiro. A produção está estimada em 5,492 milhões de toneladas (+5,07%).
A área de soja deve apresentar leve queda de 0,20% para 3,796 milhões de hectares. Com base na produtividade inicial, estimada em 2.038 quilos por hectare, o Estado pode colher 7,737 milhões de toneladas. A meteorologia espera um clima neutro no próximo verão, disse Prata, sem efeitos dos fenômenos La Niña e El Niño. O comportamento normal do clima no verão gaúcho é de chuvas abaixo da necessidade.