Embrapa desenvolve arroz com cheiro de ervas

BRS Aroma é mais uma alternativa de produção para os produtores brasileiros e com possibilidade de agregar ganhos explorando um nicho de mercado.

Depois de 12 anos de pesquisa e um investimento de R$ 1,8 milhão, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) desenvolveu um arroz, o BRS Aroma, que tem cheiro de ervas e custa três vezes mais no mercado internacional que o arroz convencional. Melhor ainda: a média de produtividade do arroz aromatizado é similar a das variedades convencionais, de 3,2 mil quilos por hectare.

De acordo com os pesquisadores da Embrapa, as sementes, que poderão ser distribuídas a partir desta safra, são próprias para as terras altas de Goiás, Tocantins, Pará, Maranhão, Piauí, Rondônia e Mato Grosso. No Brasil, segundo a Embrapa, a procura por esse tipo de arroz ainda é pequena, por causa da falta de conhecimento do consumidor e da oferta ser apenas de produtos importados em supermercados e mercearias sofisticados.

Na Europa e Oriente Médio, porém, o aumento do interesse pelo arroz aromático é crescente e, em países como Índia e Tailândia muitas variedades apresentam perfumes típicos, inerentes aos próprios grãos de arroz.

Pesquisadores da Embrapa acreditam que a BRS Aroma possa beneficiar principalmente os produtores familiares do país. A divulgação pela Embrapa da conclusão da pesquisa do BRS Aroma ocorre exatamente no ano escolhido pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) como o Ano Internacional do Arroz.

O produto é o terceiro cereal mais plantado no mundo, com 390 milhões de toneladas por ano, perdendo apenas para o trigo e o milho. O cultivo, de acordo com a FAO, é feito em 113 países. É um alimento básico para mais da metade da população mundial e é também a principal fonte de renda para cerca de 100 milhões de famílias na Ásia e na África.

O Brasil é o maior consumidor ocidental de arroz, segundo a Embrapa. A cultura é plantada por grandes e pequenos produtores em todos os estados, abrangendo sistemas agrícolas irrigados, como os da Região Sul ou do cerrado. A produção nacional do cereal está estimada em 12 milhões de toneladas

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