Empresa gaúcha recebe pagamento de créditos de carbono da Holanda

O pagamento será realizado no dia 18 pela holandesa BTG, quando a Camil receberá o valor equivalente a 207.298 toneladas de carbono pela contribuição na redução de gás do efeito estufa.

A indústria alimentícia gaúcha Camil (www.camil.com.br) será a
primeira empresa brasileira a receber pagamento real de créditos de carbono. O pagamento será realizado no dia 18 pela holandesa BTG, quando a Camil receberá o valor equivalente a 207.298 toneladas de carbono pela contribuição na redução de gás do efeito estufa. Esses créditos são retroativos e derivam-se na central termoelétrica UTE Itaqui, da Camil, que gera energia (4,2 megawatts) a partir da queima de casca de arroz. Em dinheiro, a empresa gaúcha receberá mais de 1,5 milhão de euros – o valor ainda não está totalmente definido, pois tanto o euro quanto a cotação de créditos de carbono variam.

A entrega do crédito, um fato histórico no setor energético brasileiro, acontecerá por ocasião do Seminário Internacional de Lançamento do Fundo de Investimentos em Bioenergia, marcado para o dia 18 no Hotel Sheraton, em Porto Alegre, das 13h30min às 18h. O evento é uma realização da PTZ Bioenergy, promoção da PTZ Bioenergy, BTG Biomass Technology Group B.V. e BioHeat International, com apoio da Secretaria Estadual de Energia, Minas e Comunicações e a Netherlands Business Support Office.

Participarão do evento as empresas holandesas PMD, Yard Capital, BTG and BioHeat e as empresas brasileiras PTZ Bioenergy e a Camil Alimentos.

O Fundo de Investimentos em Bioenergia, segundo o secretário de
Energia, José Carlos Elmer Brack, beneficiará empresas que possuam projetos consistentes e com viabilidade econômica comprovada, além de projetos tecnicamente adequados às condições da empresa, que comprovem a possibilidade de sustentatibilidade dos padrões de geração a longo
prazo.

Todos os projetos abrangidos pelo fundo não apresentarão custos para
o desenvolvimento das iniciativas e estudos necessários, bem como serão desenvolvidos com qualidade e pelos melhores preços disponíveis no mercado.

Os empreendimentos terão garantia da compra dos créditos de carbono decorrentes, igualmente não envolvendo custos para seu desenvolvimento, validação, registro, verificação e certificação.

– O seminário pretende esclarecer o setor empresarial e especialistas interessados nos mecanismos de implementação do fundo – informa Brack.

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