Empresa portuguesa quer vender arroz na China

 Empresa portuguesa quer vender arroz na China

Consumo chinês em alta demanda o mercado internacional

A Orivárzea já exporta para Hong Kong e Macau, mas que aguarda ainda a assinatura, pela China, de um protocolo comercial para este tipo de produto.

A empresa portuguesa Orivárzea espera começar a vender arroz para a China, apresentando a qualidade e a segurança alimentar como as grandes vantagens para convencer os consumidores, mas só depois da assinatura do protocolo de cooperação comercial.

"Eles não têm arroz com a qualidade e segurança alimentar que nós temos", explicou à Lusa o director comercial da Orivárzea, a empresa ribatejana que já exporta para Hong Kong e Macau, mas que aguarda ainda a assinatura, pela China, de um protocolo comercial para este tipo de produto.

Falando à Lusa na feira comercial que decorre durante o Fórum Económico Portugal-China, na terça-feira e hoje, em Lisboa, Jorge Parreira explicou que "é possível exportar sem o protocolo, mas as taxas alfandegárias são muito maiores quando não há um protocolo"

Os chineses, diz, já têm estes acordos com os países vizinhos, "o que impossibilita outros países produtores de entrarem directamente com os seus produtos".

Lamentando não saber com quem falar sobre este tema – Jorge Parreira lembra que no Executivo anterior conseguia falar directamente com a ministra da Agricultura e até com o vice-primeiro-ministro – diz que "o processo de entrada do produto na China é muito complexo".

Com presença no Fórum, o responsável da empresa mostra perceber a estranheza que causa, à primeira, vista, a ideia de exportar arroz para a China, o segundo maior produtor mundial e o maior consumidor de arroz, mas garante que o negócio tem futuro.

"Oferecemos qualidade e segurança alimentar que eles não têm, e um arroz direccionado para a alimentação infantil, em campos com teores de metais muitíssimo baixos ou nulos", argumenta o director de marketing.

A empresa produz cerca de 30 mil toneladas de arroz por ano e exporta para 15 países em quatro continentes a produção feita exclusivamente na lezíria ribatejana, apostando na manutenção da marca e não na exportação.

"As exportações valem muito pouco no nosso negócio porque não queremos exportar, mas sim internacionalizar", diz, explicando que o objectivo é vender a marca nas embalagens próprias e continuar a resistir às propostas que chegam para a venda a granel.
O Fórum Económico Portugal-China termina hoje, tendo sido inaugurado na terça-feira numa cerimónia protocolar que contou com a presença do ministro da Economia e do embaixador da China em Portugal.

3 Comentários

  • Portugal plantando algumas poucas hectares mandando arroz pra China… Eh Alemanha sem plantar um peh se firmando como maior exportador de cafe… Eh Suiça vendendo chocolate sem plantar o cacau… E nos aqui Tupiniquins sem portos adequados e tributaçao estratosferica perdendo negocios la fora !!! Lamentavel tudo isso…

  • Nesta sexta-feira, dia 18.11.2016, todos os leitores deste site que estiverem em Pelotas estão convidados para participarem do lançamento do meu livro: – “Sobre Arroz em Casca e Milho em Espiga – Uma interpretação da Socioeconomia da Região Sul do RS”. O evento será às 19,00 horas no recinto da feira na Praça Coronel Pedro Osório e o livro já está à disposição na Livraria Mundial. Será um imenso prazer recebê-los!

  • Caros Senhores: Por gentileza narrem mais detalhadamente como são as propostas de compra a granel e o motivo da recusa. Ainda o preço dos negócios comparados ao nosso preço interno de saca. Atenciosamente, subscrevo-me

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