Empurrãozinho

Preços remuneradores
e o clima ajudam Brasil
a repetir safra de arroz.

A safra brasileira de arroz 2012/13 no Brasil deverá aproximar-se muito dos resultados obtidos na temporada passada, segundo os dois primeiros levantamentos realizados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgados em outubro e novembro. A projeção de safra divulgada pelo organismo no início de novembro prevê de uma queda de 0,8% (algo como 90 mil toneladas) a uma alta de 1% na produção brasileira (algo como 115 mil toneladas extras).

Dois fatores são fundamentais para este comportamento: o primeiro é a recuperação dos preços, que nas principais praças produtoras tiveram um ano comercial de rara remuneração que pode ajudar no aumento de área, e o segundo é a recuperação parcial, durante a primavera, dos mananciais do Rio Grande do Sul, depois de dois anos de estiagem e o risco da falta de água para irrigação. O RS produz cerca de 65% da safra nacional.

Segundo os dados oficiais do governo, o Brasil deverá colher entre 11,5 e 11,72 milhões de toneladas de arroz em casca em 2013. Na temporada 2011/12, colheu 11,599 milhões de toneladas. A área plantada vai cair de 2,426 milhões de hectares semeados para algo entre 2,347 (-3,25%) a 2,387 milhões de hectares (-1,6%). Com a redução de superfície plantada no Brasil, a Conab estima que haverá compensação da produtividade e dos investimentos em tecnologia e tratos culturais. Com isso, estima uma média produtiva nacional de 4,904 mil quilos de arroz por hectare, 2,6% maior do que os 4,780 mil quilos da safra 2011/12.

ESTADO
A Conab prevê que o Rio Grande do Sul, principal estado produtor nacional, terá uma safra de 7,635 a 7,792 milhões de toneladas, que pode indicar o recuo de 1,4% ou a alta de 0,7% sobre a temporada anterior. A previsão é de queda na área, entre 3% e 1%, passando para algo entre 1,021 a 1,042 milhão de hectares. No ciclo 2011/12, foram semeados 1,953 milhão de hectares. O rendimento por área deve aumentar em 125 quilos, ou 1,7%, passando dos 7,35 mil quilos por hectare para 7.475 quilos.

QUESTÃO BÁSICA
O analista de mercado Tiago Sarmento Barata, da Agrotendências Consultoria em Agronegócios, considera que o levantamento da Conab tem pouquíssimas alterações em relação a outubro. “Exceto a importação, que ainda parece pouco abaixo do que realmente ocorrerá, as projeções parecem coerentes, consolidando uma posição final de estoque de 880,3 mil toneladas, um volume bastante baixo, que serve como embasamento na expectativa de preços firmes ao longo do próximo ano comercial”, destaca.

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