Entidades buscam atuação do campo em comitês de bacias hidrográficas

Na reunião, os participantes também exaltaram a estratégia de armazenamento da água da chuva, por meio de construção de açudes.

Representantes de sindicatos rurais e de associações de arrozeiros do Rio Grande do Sul reforçaram, nesta segunda-feira (28), a mobilização para que os produtores participem ativamente dos comitês de bacias hidrográficas, que regulam a utilização da água. A necessidade de levar as demandas do setor para esses fóruns foi debatida em encontro na sede da Farsul, organizado em conjunto com a Federarroz e que contou com a participação da Fetag.

Na reunião, os participantes também exaltaram a estratégia de armazenamento da água da chuva, por meio de construção de açudes. "Em um Estado com média de 1800mm de chuva por ano, falar em seca é um atestado de incompetência", afirmou o vice-presidente da Farsul, Gedeão Pereira. Ele lembra que regiões com muito menos disponibilidade hídrica e sistemas
de irrigação altamente eficientes, como Israel, são provas de que o Rio Grande do Sul pode muito mais quando o assunto é reserva e utilização da água para a agricultura. O dirigente ainda classificou como positiva a Portaria 30, da Fepam, editada dia 23 de abril, que voltou a flexibilizar as normas para projetos de irrigação, permitindo a continuidade do programa Mais Água, MaisRenda, do Governo do Estado.

A necessidade de participação dos produtores nos comitês foi reforçada  pelo presidente da Federarroz, Henrique Dornelles, e por técnicos presentes no encontro desta segunda-feira. Ivo Lessa, assessor técnico do Sistema Farsul, lembrou que o Rio Grande do Sul possui 25 comitês de bacias, e que cada um é formado por uma participação de 20% do setor público, 40% dos usuários (entre eles, agricultores) e 40% da comunidade.

"O produtor precisa entender que esses comitês são geridos de forma participativa. É preciso ocupar o espaço neles, dialogando com a comunidade, porque é lá que as definições  sobre o uso da água são tomadas. Nas regiões arrozeiras, essa participação da agricultura já é mais forte e consolidada. Precisamos ser ativos não apenas nessas regiões, mas também nas áreas de sequeiro, onde a irrigação ganha cada vez mais espaço", explica Lessa

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