Entidades podem criar Confederação Sul-Americana e do Caribe

Instituição surgiria com duas metas prioritárias: a ação contra os subsídios norte-americanos ao arroz na OMC e a equalização do mercado regional.

A reunião do comitê administrativo do Fundo Latino Americano e para o Caribe de Arroz Irrigado (FLAR) na Colômbia no próximo mês de agosto promete ser uma das mais importantes deste organismo. Além de avaliar o andamento de projetos financiados por este órgão e receber novas adesões, os 13 países integrantes vão analisar uma proposta do presidente do Instituto Rio-grandense do Arroz (Irga) e vice-presidente do comitê do FLAR, Pery Francisco Sperotto Coelho, para a formação de uma Confederação de Entidades Arrozeiras da América do Sul e do Caribe.

Esta instituição, segundo Pery Sperotto Coelho, será um fórum permanente de debate e busca de soluções para a conjuntura político-setorial nesta importante região de produção e consumo mundial. Duas metas teriam prioridade num primeiro momento. A primeira é a ação que o Brasil articula para pedir a instalação de um painel de arbitragem na Organização Mundial do Comércio contra os subsídios dados ao arroz pelos Estados Unidos.

Estes subsídios interferem direta e indiretamente em todo o comércio internacional da América do Sul, do Caribe e da América do Norte, provocando distorções neste mercado e uma concorrência desleal com países que têm excedentes, como Argentina, Uruguai e Brasil.

A segunda meta, de acordo com Pery Sperotto Coelho, é a equalização do mercado regional e da conjuntura político-setorial. Entre estes países que já estão unidos em ações de pesquisa, existem alguns com excedente de produção e outros com demanda, mas o mercado sofre forte interferência do produto subsidiado nos Estados Unidos e na Ásia. “Queremos criar mecanismos que permitam à região suprir suas próprias demandas de forma justa e leal”, frisa.

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