Equilíbrio distante

“O governo, que não fez sua parte, não quer inflação na cesta básica”.

Com a safra 2014/15 praticamente totalmente depositada nos silos e indústrias do Brasil, é hora de fazer novamente as contas e retomar a busca do equilíbrio e da rentabilidade na comercialização. E mais uma vez o arrozeiro não terá vida fácil. Nem a indústria. Se para os arrozeiros houve o encarecimento dos insumos – especialmente energia e combustíveis – para a operação de colheita e para secagem e armazenagem, para o industrial o tarifaço já vale para todas as operações.

O encurtamento das linhas de crédito e o encarecimento dos recursos disponíveis para capital de giro e investimentos, com maiores taxas de juros incidentes, também pegam em cheio a indústria. Além disso, produtores e industriais precisam contar com o bom humor do varejo e dos consumidores. O varejo não quer repassar estes custos para o consumidor e o consumidor não quer pagar mais caro.

E o governo federal, que amplia tributos e custos e não fez a sua parte ao gastar mais do que arrecadou, também não quer que isso responda na cesta básica na forma de inflação. É mais uma equação impossível, daquelas que todos sabemos onde vai estourar, no enxugamento da margem da indústria, que vai forçar os preços para baixo e reduzir a rentabilidade do produtor. O que muda neste cenário de 2015 é a capacidade do arrozeiro segurar a safra, com a soja e o gado no seu portfólio. E o baixo estoque governamental.

1 Comentário

  • O varejo embora relutante vai ter que repassar os custos ao consumidor sim, não a outra maneira de trabalhar, todos os outros produtos sobem nas gôndolas por que só o arroz não pode subir ? onde está escrito isso ? por que o governo com sua incompetência não quer ? ora, vão plantar batatas.
    O arroz tem que subir ao consumidor, não adianta berrar, ainda é extremamente barato. Não cabe ao produtor nem a indústria e o varejo suportarem e arcarem com os desmandos do governo e pagarem a conta da ” falta de gestão ” de um governo a nível estadual e federal que não dá a mínima para seus produtores de arroz.

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