Estande da Embrapa abriga palestras sobre inovações para lavouras

 Estande da Embrapa abriga palestras sobre inovações para lavouras

Pesquisador da Embrapa Pecuária Sul falou sobre ILP e seus benefícios

Ao longo desta quarta-feira (12), quatro palestras técnicas foram realizadas no estande institucional da Embrapa, durante a 30a Abertura Oficial da Colheita do Arroz.

Ao longo desta quarta-feira (12), quatro palestras técnicas foram realizadas no estande institucional da Embrapa, durante a 30a Abertura Oficial da Colheita do Arroz, que está sendo realizada de 12 a 14 de fevereiro, na Estação Experimental Terras Baixas (ETB) da Embrapa Clima Temperado (Pelotas, RS), no Capão do Leão/RS.
 

Benefícios da pecuária integrada às lavouras

 
O pesquisador da Embrapa Pecuária Sul (Bagé, RS) na área de sistemas sustentáveis de produção, Danilo Menezes Sant`Anna, abordou o “Manejo de bovinos de corte nos sistemas de produção das terras baixas”, exemplificando e destacando o impacto dos animais no solo e nos sistemas integrados de produção como um todo.
 
O objetivo, segundo ele, é estimular os produtores a incorporar esse tipo de visão em suas propriedades. “Parar de ter a visão de cultura isolada e passar à visão dos sistemas. Sair dessa ideia de só pecuária, só o arroz ou só a soja para uma visão de sistema integrado. Isso modifica, inclusive, o padrão de decisão”, afirmou.
 
Esse é um dos principais desafios, porque existe uma ideia de que a pecuária não é competitiva frente a atividades altamente tecnificadas, como a soja. Mas, de acordo com ele, a atividade precisa ser vista com esse mesmo olhar, de maneira a produzir mais, mas também estimular o impacto positivo em outras culturas, como soja e arroz.
 

Tecnologia para absorção do fósforo

 
A pesquisadora da Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas, MG), Christiane Paiva, apresentou um novo inoculante, o BiomaPHOS, para aumentar a absorção de fósforo pelas plantas. A novidade ajuda a reduzir custos, já que 50% do adubo utilizado nacionalmente é importado, tornando a adubação fosfatada mais cara.
 
As duas bactérias presentes no produto desenvolvido em parceria com a empresa Bioma estimulam o desenvolvimento das raízes e aumentam sua superfície de absorção de fósforo. Também, produzem enzimas e ácidos que quebram as ligações e tornam esse nutriente, que está presente no solo, disponível para as plantas. Isso melhora o desempenho e a produtividade, com ganho médio avaliado em 10 sacos por hectare na cultura do milho.
 
Segundo a pesquisadora, o fósforo é um elemento relacionado ao vigor precoce das plantas, porque estimula a formação das raízes e a captação desse nutriente, promovendo maior tolerância ao estresse e maturidade mais uniforme e precoce do grão. “Precisamos inserir o biológico no sistema de produção e melhorar a qualidade do solo”, afirmou.
 

Método para determinação de potássio na soja

 
De acordo com o pesquisador da Embrapa Soja (Londrina, PR), Adílson de Oliveira Júnior, depois do nitrogênio, o potássio é o nutriente mais demandado e exportado pela cultura da soja. E um dos com maior sintomas de deficiência nas lavouras, principalmente em áreas mais antigas, onde o aumento de eficiência negativou o balanço desse nutriente.
 
Em sua palestra, o pesquisador apresentou um teste rápido para determinação de potássio nas folhas, o Fast-K, que permite indicar o manejo da adubação, principalmente a quantidade a ser reposta no sistema. Ele ainda abordou as formas de perda de potássio e os sintomas resultantes dessa deficiência. Segundo Adílson, o potássio está relacionado à qualidade final do produto. No caso da soja, ao peso dos grãos.
 

Controle biológico de insetos via drones

 
E o agrônomo e proprietário da empresa GeoPlan, Christiano Gotuzzo, falou sobre o uso de drones para aplicação de ovos de duas espécies de vespas em lavouras de trigo e soja para controle de lagartas e percevejos. A empresa já trabalha com parasitoides há seis anos, mas os drones têm sido utilizados nas duas últimas safras.
 
A ideia é divulgar o controle biológico como mais uma ferramenta para redução do uso de químicos, o que acaba saindo mais barato para o produtor. A prática de uso de parasitoides, segundo Christiano, está disponível de 1960, mas a grande dificuldade era aplicação, realizada manualmente. “Agora com o drone facilitou”, disse.
 
Para difundir a tecnologia junto aos produtores, a empresa aplica em pequenas áreas nas propriedades para eles conhecerem e depois expandirem. “A maioria dos que fizeram no ano passado estão repetindo e aumentando as áreas também”, concluiu.

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