Estiagem compromete colheita do Mercosul

Agências internacionais confirmam perdas parciais nas lavouras de arroz do Uruguai e da Argentina por falta de água para irrigação. No Paraguai, arrozeiros são denunciados por danos ao meio ambiente.

Dados divulgados na semana passada pela Associação de Cultivadores de Arroz do Uruguai (ACA) dão conta que devido à escassez de água para a irrigação pela estiagem que afeta todo o sul das Américas, alguns produtores tiveram que abandonar suas lavouras. A estimativa, segundo dados da Oryza Rice Editor, ligada à Rice Co, é de que já estejam perdidos entre sete e oito mil hectares de lavouras, um volume entre 3,5 e 5% diante dos quase 170 mil hectares plantados naquele país.

Geralmente os arrozeiros prevêm a safra do cereal de acordo com a quantidade de água disponível, mas este ano a estiagem superou a expectativa e os cursos de água estão muito baixos.

No final da semana as entidades arrozeiras uruguaias divulgaram que houve uma recuperação nas áreas de arroz em função da ocorrência de chuvas, principalmente em Tacuarembó. Todavia, foi confirmado que a área efetivamente plantada ficou abaixo do previsto por falta de reservas de água para irrigação.

No Rio Grande do Sul, as entidades arrozeiras informam que a estiagem está causando um impacto muito mais sério nos arrozais da Argentina (principalmente em Entre Rios e Corrientes) e no Uruguai (Tacuarembó e Norte uruguaio) do que no Rio Grande do Sul.

Informam que há muitas lavouras florescendo no seco, o que poderá comprometer significativamente a qualidade e o enchimento dos grãos. Segundo dados divulgados esta semana por agências internacionais, os dois países podem ter uma quebra superior a 10% em suas colheitas.

PARAGUAI

No Paraguai, os arrozeiros estão enfrentando problemas com a legislação ambiental. Os membros da Comissão de Proteção Ambiental de Yuty denunciaram ao parlamento paraguaio que os arrozeiros estão provocando danos ao meio ambiente pelo bombeamento de água do Rio Tebicuary para a irrigação das lavouras. O assunto ainda deve gerar muita polêmica.

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