Estoques mundiais de grãos mais baixos em 6 anos

O comércio mundial deve ficar inalterado em 2013/2014.

O Conselho Internacional de Grãos (IGC) elevou a projeção para a oferta mundial de grãos ao fim da temporada 2012/2013, mas que o volume remanescente ainda será o mais baixo em 6 anos. O IGC agora prevê um estoque final global de 326 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 4 milhões de toneladas frente à estimativa anterior. Em relação à 2011/2012, entretanto, a queda será de 40 milhões de toneladas.

A seca de verão castigou as lavouras em várias partes do mundo, o que elevou os preços do milho, do trigo e da soja para máximas e alimentou preocupações sobre uma repetição da crise mundial de alimentos de 2007/2008. Embora as cotações tenham recuado desde então, os governos continuam temerosos em relação ao baixo nível do estoque global. A IGC ampliou em 5 milhões de toneladas a estimativa da colheita mundial de milho em 2012/2013, para 850 milhões de toneladas, devido principalmente ao aumento das safras brasileira e indiana.

A projeção do consumo global do cereal foi reduzida em 1%, para 865 milhões de toneladas, em virtude de uma demanda menor por parte das usinas de etanol nos Estados Unidos. A produção mundial de trigo neste ciclo foi mantida em 656 milhões de toneladas, mas revisões para cima na colheita da China e da Índia aumentaram a projeção do estoque final mundial da commodity para 176 milhões de toneladas. O IGC prevê um crescimento de 4% na próxima safra, mas a maior parte deve ser absorvida por uma demanda mais forte. Assim, a oferta ao final da temporada 2013/2014 subirá apenas 2 milhões de toneladas.

O comércio mundial deve ficar inalterado em 2013/2014. O volume produzido pelo Mar Negro deve recompor os estoques domésticos abaixo da média no início da temporada, o que incentivará a demanda por outras origens.

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