Estudo do genoma do arroz termina no final do ano

Os cientistas pretendem explorar a função de cada um dos 50 mil genes do cereal
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Principal alimento de 3 bilhões de pessoas no mundo, o arroz deve ter o mapa completo do seu seqüenciamento genético até o final deste ano. O anúncio foi feito durante o simpósio anual Rice Functional Genomics, que reuniu em novembro último nos Estados Unidos cerca de 240 pesquisadores de arroz de todo o mundo. No encontro, que tem o objetivo de apresentar os mais recentes resultados sobre o seqüenciamento do genoma do arroz, ressaltou-se que os cientistas pretendem explorar a função de cada um de seus 50 mil genes.

De acordo com o diretor do Arizona Genomics Institute, Rod Wing, compreendendo a função desses genes, os cientistas terão condições de desenvolver variedades geneticamente modificadas (GM), com tolerância à seca e resistente às doenças. O resultado é que o arroz poderá ser cultivado em menores áreas com menos volume de pesticida e água. “Precisamos saber tudo que pudermos a respeito do arroz, porque ele alimenta hoje metade da população mundial e esse grupo deverá dobrar nos próximos 50 anos”, afirmou Wing.

ARROZ CHINÊS

A Academia de Ciências da China, por meio do Centre for Chinese Agricultural Policy, afirmou que o país deve comercializar em 2005 variedades de arroz GMs resistentes a doenças e insetos. Segundo Clive James, presidente do Serviço Internacional para a Aquisição de Aplicações em Agrobiotecnologia (Isaaa, na sigla em inglês), a primeira variedade a receber aprovação deverá ser a que leva os genes de Bt e CpT1.

O arroz GM híbrido vem sendo desenvolvido há seis anos e testes de campo apontaram um incremento de 4% a 8% na produção e uma redução de 80% no uso de pesticidas.

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