EUA concordam em reduzir subsídios para salvar Rodada de Doha
A representante comercial norte-americana, Susan Schwab, disse que os EUA ainda estão abertos a negociar sobre subsídios agrícolas na Rodada de Doha das negociações da Organização Mundial do Comércio (OMC), que foram suspensas em julho por causa de divergências sobre a liberalização do setor agrícola.
O governo dos Estados Unidos afirmou, nessa quinta-feira, que pode oferecer cortes maiores de subsídios agrícolas para tentar retomar as negociações comerciais mundiais paralisadas. Mas o país quer que a União Européia também faça o mesmo, aumentando proposta de redução de tarifas. A representante comercial norte-americana, Susan Schwab, disse que os EUA ainda estão abertos a negociar sobre subsídios agrícolas na Rodada de Doha das negociações da Organização Mundial do Comércio (OMC), que foram suspensas em julho por causa de divergências sobre a liberalização do setor agrícola.
– Nós indicamos que nossa proposta é negociável. Estamos preparados para fazer mais em termos da proposta de corte do apoio doméstico que temos na mesa, se e quando houver um acesso significativamente maior ao mercado agrícola na mesa – disse Schwab à agência australiana de notícias AAP.
Schwab e o secretário de agricultura norte-americano estão na Austrália para o 20º aniversário do encontro do grupo de Cairns, das 18 nações exportadoras agrícolas, que pressionam liberação do comércio mundial para o setor. As negociações da rodada de Doha foram suspensas depois que as principais potências não conseguiram chegar a um acordo sobre comércio agrícola, com Estados Unidos e União Européia responsabilizando cada um por falta de concessões suficientes.
O ministro da Economia da Austrália, Mark Vaile, propôs um plano “cinco e cinco” para a retomada das negociações, sugerindo que os EUA cortem subsídios agrícolas em mais US$ 5 bilhões e pedindo à UE para reduzir tarifas agrícolas em outros 5%. O negociador europeu, Peter Mandelson, tem rejeitado o plano australiano e decidiu não participar da reunião do grupo de Cairns. O embaixador do bloco de países na OMC, Carlo Trojan, disse que cabe aos EUA oferecer reduções significativas de seus subsídios.