Evento discute emissão de metano no cultivo de arroz irrigado

Conforme os resultados da pesquisa, o sistema pode vir a integrar o Plano ABC.

Para discutir a inserção do cultivo de arroz irrigado no Programa Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC), o secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Caio Rocha, participou nesta quinta-feira, 28 de novembro, de reunião técnica na Superintendência Federal de Agricultura (SFA) em Porto Alegre (RS).

O objetivo da reunião é apresentar e discutir os resultados de pesquisas científicas relacionadas com o ciclo do carbono na lavoura de arroz e as emissões de gases do efeito estufa que este cultivo produz, bem como alternativas de manejo para a redução das emissões e possíveis políticas para estimular as boas práticas agrícolas.

“Mesmo sabendo que a cultura do arroz é uma forte emissora de metano, buscamos investigar se a realidade do Brasil é diferente da realidade dos outros países do mundo. O mundo inteiro cita o arroz como um emissor de metano, um dos gases causadores do efeito estufa, porém, alguns estudos demonstram que o arroz produzido pelo sistema brasileiro emite menos metano. Queremos saber se, além de emitir menos metano, ele também mitiga esse gás”, elaborou Caio Rocha.

Conforme o secretário Caio, o Plano ABC – que tem, entre as linhas de ação, o financiamento de práticas agropecuárias sustentáveis pelo Programa ABC – será revisto em 2014. O cultivo irrigado de arroz é um forte candidato a integrar os sistemas de mitigação de CO2 já reconhecidos, caso o resultado das pesquisas comprove que seu ciclo tem um saldo positivo para o meio ambiente.

O evento reuniu pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), da Embrapa e do Instituto Rio Grandense do Arroz (IRGA) que estudam a cultura do arroz e sua emissão de metano.

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