Ex-ministro Francisco Turra palestra em Alegrete sobre exportações

 Ex-ministro Francisco Turra palestra em Alegrete sobre exportações

Chico Turra: produção e consumo precisam de equilíbrio

Dirigente agropecuário entende que exportações podem ajudar a agregar renda à atividade arrozeira.

O cenário do comércio exterior brasileiro, suas potencialidades e gargalos do setor para que o Brasil se mantenha numa condição destacada no mercado internacional de alimentos foi o foco da palestra apresentada pelo ex-ministro da Agricultura e Pecuária, Francisco Turra em Alegrete (RS), como parte da programação da Semana Arrozeira, organizada pela associação de orizicultores do município.

O ex-ministro enfatizou o potencial de exportações do agronegócio nacional, com faturamento aproximado de US$ 86 bilhões, o que coloca o Brasil entre as quatro maiores orígens de produtos agropecuários do mundo. Destacou, no entanto, que dentre os grandes, o Brasil é o único que apresenta uma grande capacidade de crescimento, seja por disposição de área, por capacidade de avanço em produtividade ou agregação de tecnologias.

Entende que, seguindo os números indicados pela FAO, por exemplo, a respeito do crescimento do consumo mundial de alimentos, o Brasil pode avançar ainda mais como um dos grandes fornecedores internacionais.

Entretanto, Turra lembrou que para alcançar esse "status", é necessário conjugar paciência e persistência, superar os gargalos internos, especialmente de transporte e logística. Ele acredita que se o mundo demandar alimentos e o Brasil produzir, os países demandadores trataram de derrubar suas restrições, mas de qualquer maneira cabe ao Brasil superar suas próprias dificuldades para facilitar as negociações e antecipar este processo. Ele também entende que o Arroz pode ser o "grão da vez", tornando o Brasil também um dos grandes exportadores mundiais. "Nos faltam mais janelas de exportação, então precisamos buscar o equilíbrio de produção ou a capacidade de exportar mais".

Por fim, defendeu a realização de investimentos em armazenagem dos grãos nas propriedades.

1 Comentário

  • Data Vênia o ilustre palestrante falou uma verdade incontestável: “é necessário conjugar paciência com persistência”… Realmente (com nossos atuais políticos, com o governo que temos e os representantes de classe) talvez daqui a 50 anos teremos um Porto ” à altura” para exportar (pro México que será o país da moda e os árabes que gostaram do nosso arroz) e estradas duplicadas que poderão escoar a produção com fretes mais baratos (BR 392 – Irai/Rio Grande, BR 287 – BR 290 – BR 392 fronteira-oeste/ Rio Grande)… Haja paciência para o arroz chegar e ser embarcado no Porto de Rio Grande… Acho que não é bem o termo paciência Sr. Ex-Ministro… É luta de classe… É de político que trabalhe realmente por nós… Chega de gente com belos discursos mas pouca eficiência… Faz 3 anos que o governo anunciou uma estrada nova entre Santo Ângelo – Santa Maria… 3 anos (paciência + paciência + haja saco) e nem a licitação saiu ainda… Depois duplicariam o resto… É muito disque-disque que na prática não acontece… O governo desativou a CESA e dai o que vão fazer ???… Se não querem gerir a logística das exportações que privatizem… Que abram caminho para o setor privado… Não fiquem empatando… Enquanto isso o Brasil segue sendo o país do futuro… Um futuro que me parece muito distante… Por outro lado, com relação aos investimentos em armazenagem nas propriedades fazem 5 anos que eu e alguns produtores batem na mesma tecla todos os anos… Não há novidade nisso, só que o pessoal prefere trocar de trator e colheitadeira do que construir um secador e silo em casa deixando de 15 a 25% de sua colheita de mão beijada para a indústria… Dinheiro o governo barato ofereceu ano retrasado, mas poucos pegaram… Todos sabem que arroz em casa vale mais que arroz à depósito e, que os produtores podem barganhar melhores preços… Paciência e persistência não pagam contas… O que paga é atitude, planejamento e visão de mercado… Estou muito pessimista esse ano e acho que o arroz só começará a subir a partir de agosto e não ultrapassará os R$ 35 (mas esse sou eu)… Se isso não acontecer é porque o RS não colheu 8 milhões de toneladas derrubando todas as previsões e oferendas… Aviso aos assanhadinhos que já estão com as terras viradas… Planejem muito bem porque a próxima safra pode ser a derradeira… Não há mais margens para erros… Não há mais patrimônio a ser torrado !!!

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