Excesso de chuvas pode causar problemas na lavoura catarinense

As constantes frentes frias podem atrasar em até um mês a co lheita. E se o frio continuar, a produção também deve ser afetada.

Donato Lucietti, engenheiro agrônomo da Epagri de Nova Veneza, afirma que o mau tempo do mês passado não atrasou o plantio de arroz em Nova Veneza e Forquilhinha, mas pode causar problemas.

Ele explica que o arroz gosta de água e sol, e temperaturas acima de 200C. As temperaturas baixas atrofiam o desenvolvimento do grão. Segundo ele, as constantes frentes frias podem atrasar em até um mês a co lheita. E se o frio continuar, a produção também deve ser afetada.

– O arroz é muito resistente e se tivermos chuvas bem distribuídas, luminosidade e temperaturas mais altas a lavoura se recupera – afirma.

Em Santa Catarina, o arroz é uma cultura de ciclo longo, e por isso as más condições no início da safra não afetariam tanto quanto nas culturas de ciclo curto.

O excesso de chuva tem atrapalhado também a utilização de adubo e herbicidas pelos rizicultores. Segundo Rene Klevesteon, engenheiro agrônomo da Epagri de Araranguá, há lavouras no extremo Sul que foram plantadas há 35 e 40 dias e ainda não receberam a aplicação de herbicidas e adubos, quando o prazo para isso é entre 20 e 30 dias depois da semeadura.

Ele explica que antigamente os herbicidas eram aplicados diretamente na água, mas como hoje são pulverizados, precisam de um solo drenado e o fundamental para surtirem o efeito desejado: o sol. Esse atraso deve acarretar em aumento de custos para os agricultores.

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