Expectativa de maiores perdas com chegada do frio
Rio Grande do Sul ainda tem um terço da safra para colher e o Uruguai cerca de 40%. Com as inundações e a chegada do frio e da geada, perdas devem se avolumar.
Depois das chuvas das duas últimas semanas que geraram enchentes e inundações em lavouras da Zona Sul, Campanha, Fronteira Oeste, Planícies Costeira e Depressão Central, afetando a produção de arroz, agora a promessa é da chegada do frio ao Sul do Brasil, com previsão de geada a partir de quinta-feira. Este quadro se apresenta com cerca de um terço da lavoura gaúcha ainda por colher, e cerca de 10% desse volume, ainda em floração. As lavouras semeadas com atraso, ou replantadas, tendem, geralmente, a produzir menos. Sob enxurradas, enchentes e com o frio, a expectativa de produtividade cai mais ainda e a projeção de perdas realizada pelo Instituto Rio Grandense do Arroz, em 15,1% nesta safra, tende a aumentar.
Além de serem queimadas pelas geadas, as plantas em fase reprodutiva abortam a flor. A alteração da temperatura também gera trincas nos grãos. Com temperaturas abaixo de 15 graus, as perdas são certas. Essa situação pegará não apenas os produtores afetados pelas enchentes de outubro e dezembro – e atualmente -, mas também boa parte daqueles que estão menos capitalizados.
No Uruguai a situação não é diferente. Faltando ainda mais de 40% da área por colher, estima-se que 70% das lavouras estão embaixo dágua. E isso aumentará as perdas que já eram consideradas significativas. A chegada do frio em cima da enchente é avaliada como uma catástrofe.
Segundo o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), até a última sexta-feira, 22 de abril, 66,5% da área destinada ao cereal na safra 2015/16 foram colhidos, totalizando 708 mil hectares. Na semana anterior, o percentual era de 53%. A produtividade média está estimada em 7.524 quilos por hectare, uma saca a menos por hectare do que na temporada passada, mas com o frio e as chuvas dessa semana, fatalmente o avanço da colheita trará uma redução ainda maior. Na Fronteira Oeste, o percentual colhido chegou a 81%; na Campanha, 55%; da Depressão Central, 53%; na Planície Costeira Interna, 70%; na PlanícieCosteira Externa, 77%; e Zona Sul, 52%.
7 Comentários
Com tantos problemas na Safra, alguns locais melhoraram as médias, exemplo de itaqui que do dia 15.04 saiu de 6900 kg/ha para 7400 kg/ha com aumento de apenas 7% da área. fazendo as contas esses 7% colheram mais de 250 sacos por ha. Alguma coisa não esta batendo. Só sei que por aqui a quebra vai passar dos 20%. Sem falar das áreas que tiveram enchentes em dezembro. E rezar que são pedro nos deixe colher o que ainda esta no campo.
Acho que é bom rever o comentário!!!
http://www.irga.rs.gov.br/upload/20160425165409evolucao_colheita_15_16.pdf
Como é importante questionar os numeros apresentados. Pois até o dia de ontem o numero estava diferente do apresentado hoje no site. Peço mais cuidado. O qual até ontem era 7400 e hoje é 6800. Como pode?
Boa tarde,
Trabalho no IRGA em Itaqui e houve um erro na transmissão da informação. Sabemos da importância destas informações. Este erro já foi corrigido e atualizado no site do IRGA.
Só podem estar de brincadeira… Quem fechar uma média de 7.000 kg/ha vai fazer uma supercolheita esse ano, em que a grande maioria vai colher entre 6.000 e 6.500 kg/ha… Para comprovar o que eu estou dizendo basta passar na frente das grandes indústrias da fronteira-oeste e cuidar o movimento de caminhões… Acabaram as longas filas de espera para descarregar… Esta sobrando até caminhão para frete… E os pichua que estão na lavoura estão brotando… O que não debulhou, o vento acamou… Alguns riram de mim quando falei que as perdas seriam da ordem de 30%… Continuem rindo!!!
Que avanco vertiginoso de 13% numa semana de chuvas e muitas lavouras debaixo dágua. Tem muitos dados estrapolados. E será muito se o país chegar a colher dez milhões de toneladas de arroz.sds.
Caríssimos. Estou curioso pra ver a próxima avaliação de quebra de safra pelos órgãos competentes. Na região sul do RS a situação é desesperadora. No Uruguai é desastre sem precedentes. As indústrias estão rondando quem tem arroz mas ainda relutam em pagar o que deveria valer. Espero que valha agora a lei de oferta e procura. R$ 45,00 pra começar a conversar. Sds