Exportação RECORDE

 Exportação RECORDE

Brasil exporta 400 mil t (base casca) em 2005.

A inserção do Brasil no mercado internacional do arroz foi a grande notícia de 2005 para o setor. Graças a um esforço exportador da indústria, o Brasil alcançou a exportação de 399,61 mil toneladas de arroz (base casca), principalmente para a África, e de quebrados de arroz. O número superou a expectativa inicial de exportar 250 mil toneladas de janeiro a dezembro de 2005. Em operações que ocorreram com margem de lucro mínimas, muitas vezes, a indústria conquistou um referencial de qualidade para este tipo de produto nos principais mercados compradores da África. “Os importadores consideram os quebrados de arroz do Brasil de qualidade muito superior aos que adquiriam de outros fornecedores. Isso é um referencial importante num mercado de alta competitividade e com volume bastante restrito”, explicou José Rubens Arantes, diretor da Camil.

Para 2006, o Brasil tem a expectativa de exportar um pouco menos, 250 mil toneladas (base casca), por três motivos básicos: a safra é muito boa e a oferta de quebrados será menor, podendo interferir nos preços do canjicão e da quirera – base para o produto de exportação -, o câmbio não é favorável e os preços internos tendem a subir no segundo semestre em função da safra menor e dos mecanismos de comercialização.

Ainda assim a indústria considera fundamental seguir exportando. “O Brasil precisa marcar posição no mercado internacional também como um exportador”, explica o presidente do Sindarroz-RS, Élio Coradini..

IMPORTAÇÃO – Nos 12 meses de 2005, o Brasil importou 706.057.200 toneladas de arroz (base casca) para o abastecimento interno. O volume é considerado excedente e dispensável, pois sobraram quase 2,2 milhões de toneladas de arroz no Brasil em 2005 – um milhão nos estoques reguladores do Governo Federal – e ajudaram a pressionar para baixo os preços internos.

Os baixos preços de mercado praticados em 2005 no Brasil também são apontados como responsáveis pela não concretização da expectativa de Uruguai e Argentina, que estimavam internalizar no Brasil 1,2 milhão de toneladas neste ano.

Os três parceiros do Mercosul, Uruguai (350.816.900 toneladas), Argentina (305.347.600) e Paraguai (47.015.200), foram responsáveis por enviar 703.179.700 toneladas, ou 99,6% das importações nacionais. Para o ano safra 2006/2007 (março/fevereiro), a Conab estima que o Brasil importe 800 mil toneladas de arroz do Mercosul. Todavia, o surgimento do Mecanismo de Adaptação Comercial (MAC) com a Argentina poderá restringir parte significativa das importações desse país.

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