Exportações em agosto sobem para 114,5 mil t

 Exportações em agosto sobem para 114,5 mil t

Mercosul movimenta maior oferta de arroz ao Brasil (Foto: Robispierre Giuliani/Planeta Arroz)

(Por Planeta Arroz) Dados divulgados nesta segunda-feira pelo Cepea/Esalq, com informações da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Secex/Mdic) apontam para uma elevação de 19,5% dos embarques brasileiros de arroz para o mercado internacional em agosto, alcançando 114,54 mil toneladas do grão em equivalente casca. Trata-se da maior quantidade escoada pelo Brasil desde outubro do ano passado, quando foram expedidas 153,5 mil toneladas para outros países.

Ainda segundo o Cepea, em agosto, os principais destinos do grão nacional foram Gâmbia (28,2% do total), Nicarágua (21,1%), Venezuela (18,8%), Países Baixos (11%) e Peru (7,6%). Outros 85 países absorveram 13,2% dos envios do Brasil. Em termos de preços, a média ficou em US$ 15,23 por saca de 50 quilos (US$ 304,60 por t), que, ao câmbio de R$ 5,25 (média do mês de agosto/21), equivale a R$ 79,97/sc ao exportador nacional.

Ainda de acordo com a análise do Cepea, os principais tipos de arroz exportados em agosto de 2021 foram o “semibranqueado ou branqueado, não parboilizado, polido ou brunido”, respondendo por 38,4% do total. Na sequência, o “arroz com casca (paddy), não parboilizado” (38,1%); seguido pelo “arroz quebrado” (13,1%) e, “arroz semibranqueado ou branqueado, parboilizado, polido ou brunido”, com 10,1%.

Gâmbia, na África, e Países Baixos (leia-se porto de Roterdã, na Holanda) são tradicionais compradores de arroz quebrado brasileiro, que somariam quase 39% do volume. O mês de agosto teve o impulso de duas cargas de oportunidade, uma de 27 mil toneladas para Nicarágua e Costa Rica, e outra de 20 mil toneladas para a Venezuela, de arroz beneficiado em embalada em pacotes de um quilo, que somaram mais 45% dos embarques. A venda de arroz branco representou pouco mais de 10%, em especial por causa do alto custo do transporte e as dificuldades de acesso a contêineres.

IMPORTAÇÕES

De volta às informações do Cepea, as importações realizadas pelo Brasil totalizaram 78,83 mil toneladas de arroz (equivalente casca) em agosto de 2021, volume 0,6% inferior ao de julho – este é o quarto mês consecutivo de queda. Do total que chegou aos portos brasileiros, conforme avaliação do Cepea, 62,6% tiveram como origem o Paraguai, 22%, o Uruguai e 14%, a Argentina. Outras seis origens correspondem por 1,5% do adquirido pelo Brasil. O preço médio FOB origem foi de US$ 16,97/sc de 50 kg (US$ 339,40), que, ao câmbio de R$ 5,25, gera R$ 89,09/sc de 50 kg ao comprador brasileiro.

Dentre os principais tipos de arroz adquiridos pelos empresários brasileiros em agosto estiveram o “semibranqueado ou branqueado, não parboilizado, polido ou brunido”, com 54,2% do total; o “descascado (cargo ou castanho), não parboilizado” (29,7%); “com casca (arroz paddy), não parboilizado” (9,2%) e, os “quebrados” (3,1%).

Com isso, a balança comercial brasileira passou para um saldo positivo superior a 40 mil toneladas, depois de ter alcançado até 13 mil toneladas (meio navio) apenas de diferença. No entanto, vale lembrar, novamente, que boa parte do volume de vendas do Brasil se resume a quebrados (resíduos) de arroz.

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