Falta de energia provoca danos na produção de arroz

Em Alegrete, segundo o presidente da Associação dos Arrozeiros, Gilberto PIlecco, a situação passou a ser dramática, ja que o replantio das lavouras cobertas pelas aguas tem prazo para conclusão até o dia 20 de dezembro ,previsto no Zoneamento Agricola do Ministerio da Agricultura.

A regiao que concentra a maior produção de arroz do estado do Rio Grande do Sul, onde estao situados os três municipios maiores produtores brasileiros do grão, passa por momentos de grande agonia provocados pela falta de energia eletrica para movimentar os levantes para irrigação das lavouras de arroz.

Uruguaiana/Barra do Quarai, Itaqui/Maçambará e Alegrete/Manoel Viana, após sofrerem com as enchentes provocadas por precipitação pluviométrica acima dos indices normais e sequer imaginaveis,na media de 600mm em trinta dias, se deparam agora com a ineficiência da companhia concessionaria do serviço de energia elétrica, a AES SUL.

Em Alegrete, segundo o presidente da Associação dos Arrozeiros, Gilberto PIlecco, a situação passou a ser dramática, ja que o replantio das lavouras cobertas pelas aguas tem prazo para conclusão até o dia 20 de dezembro ,previsto no Zoneamento Agricola do Ministerio da Agricultura.

– Os produtores ou nao conseguem irrigar por falta de energia eletrica que pode chegar até sete dias desligada, conforme a localidade, ou sao tantas as interrupçoes e oscilações de tensão ao longo do dia que inviabiliza o procedimento, alem de causar danos aos motores utilizados, sendo mais um custo, mais um prejuizo para o produtor – diz o dirigente.

A lavoura irrigada usa tecnologia de ponta para manter a produtividade em patamares que, em Alegrete, chega a 7.600 kg/ha. Para alcançar este desempenho o trabalho no campo segue uma sequência lógica e temporal de procedimentos técnicos. A irrigação após a aplicaçao de herbicida é uma dessas fases que esta sendo comprometida pela falta de energia, acarretando mais prejuizos ao produtor, alem de sérios impactos ao meio ambiente ja que uma nova carga deste agroquimico deverá ser aplicada .

A concessionária ja não atende mais telefones, emails, celulares. Se omite de oferecer ao seu cliente a informação sobre o que esta acontecendo, mas nao deixa de cobrar as faturas de energia que chegam com cifras astronômicas para quem nao usou um só watt nos últimos meses. Para tentar os consertos nas redes,que por nao receber manutenção frequente ficam suscetíveis a qualquer manifestação mais forte do tempo, enviam para o campo pessoal terceirizado, não qualificado, que desconhece a região, o que torna o processo muito mais moroso.

O lider dos arrozeiros de Alegrete prevê serios problemas econômicos nos municipios produtores de arroz afetados pela falta de energia para as lavouras. Segundo, Pilecco, a quebra na produção reflete diretamente na queda da arrecadação de impostos pelas prefeituras, além de determinar um produto mais caro ao consumidor quando chegar na gôndola dos supermercados.

– Há coisas que, embora ja previsiveis, como o clima, nao temos poder de modificar, mas nao é possivel que nos tempos de hoje um serviço de alta relevância como o fornecimento de energia eletrica seja tao precário a ponto de obstruir uma atividade fundamental para a vida como é a produção de alimentos – desabafa o presidente

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