Famato defende criação do Fundarroz

Segundo o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Rui Prado, apenas o fundo poderá possibilitar investimentos em tecnologia, como pesquisas de novas variedades financiar políticas de apoio à comercialização do produto.

 A criação do Fundo do Arroz (Fundarroz) é a alternativa mais viável para estimular a produção do alimento em Mato Grosso. Segundo o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Rui Prado, apenas o fundo poderá possibilitar investimentos em tecnologia, como pesquisas de novas variedades financiar políticas de apoio à comercialização do produto, como acontece em outras culturas além de permitir a atuação institucional na defesa dos interesses do produtor, como a modificação das regras usadas para a classificação do arroz, por exemplo.

O presidente da Famato foi um dos palestrantes do projeto “Desenvolvimento de Tecnologias para a Cadeia Produtiva do Arroz de Terras Altas em Mato Grosso”, debatido na manhã desta quinta-feira (29) no auditório da Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt).

Mato Grosso produz hoje 800 mil toneladas de arroz por ano (safra 2009/2010), mas tem capacidade de chegar em 2020 com uma produção de até 1,3 milhão de toneladas, conforme previsão do IMEA. Mas de acordo com Prado, faltam incentivos para a produção. Nos últimos dez anos, o preço do arroz pago ao produtor caiu em média 25%, enquanto o custo de produção ao longo desses anos teve um aumento significativo. Além da redução do preço, Prado destaca que não existem atrativos para o plantio de arroz, por conta da complexidade do mercado, das regras rígidas de classificação e do alto índice de importação do produto.

Há também o fato de que, historicamente, o arroz começou a ser plantado em Mato Grosso em áreas abertas por desmatamento. Porém, desde 2003 o desmatamento caiu 90% no Estado. Com isso, a produção de arroz foi se concentrando no meio do Estado, acompanhando a área de agricultura. Mas a preocupação ambiental, que poderia ser um entrave para a produção do arroz, pode se tornar a sua principal aliada, destaca Prado. “O arroz pode ser plantado na Integração Lavoura Pecuária, na renovação de pastagens e na rotação de culturas, com a soja”.

Para o presidente da Famato, a diversificação de culturas é importante para o Estado e o arroz pode ser uma alternativa viável, desde que produtores, sindicatos e donos de indústrias se organizem. “Estamos desarticulados na questão do arroz”. Prado também defende a cobrança de decisões políticas de incentivo à produção, escoamento e comércio do produto.

Participaram do debate, além do presidente da Famato, o vice-presidente da Fiemt, Mauro Cabral, além de representantes do Sindicato das Indústrias da Alimentação da Região Sul de Mato Grosso (Siar-Sul), Empaer, Sebrae, Embrapa Arroz e Feijão e Fapemat.

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