FAO defende sementes de qualidade na África Ocidental

O projecto Melhoria da Produção de Arroz na África Ocidental (APRAO) foi executado no Mali, na Mauritânia, no Níger, no Senegal e na Côte d’Ivoire com vista a aumentar a produtividade do arroz através da promoção de sementes de qualidade e da execução de um sistema de intensificação sustentável e das medidas de acompanhamento das actividades pós-colheita.

O representante da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) no Senegal, José Luís Fernandez, defendeu em Dakar o desenvolvimento de mecanismos visando garantir a segurança alimentar nos países da sub-região pela instalação dos factores que concorrem para uma melhoria dos rendimentos das culturas, reporta hoje a PANA.

Fernandez intervinha na abertura de um seminário sobre o balanço do projecto sobre a melhoria da produção de arroz na África Ocidental em resposta à subida dos preços dos produtos alimentares.

Ele lembrou que o projecto Melhoria da Produção de Arroz na África Ocidental (APRAO) foi executado no Mali, na Mauritânia, no Níger, no Senegal e na Côte d’Ivoire com vista a aumentar a produtividade do arroz através da promoção de sementes de qualidade e da execução de um sistema de intensificação sustentável e das medidas de acompanhamento das actividades pós-colheita.

Saudou os esforços do Senegal, traduzidos por medidas políticas corajosas conducentes à redução da insegurança alimentar no país, renovando ao mesmo tempo o compromisso da FAO de apoiar estes esforços.

Segundo ele, os esforços conjugados dos parceiros e dos beneficiários permitiram obter resultados muito encorajadores, mas também produzir técnicas e desenvolver mecanismos sustentáveis.

Notou que, durante estes dois anos de execução do projecto, a formação sobre a produção de sementes certificadas e a informação sobre a legislação de sementes permitiram reforçar 300 actores sementeiros.

Para o representante da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), Mamadou Seck, a independência e a segurança alimentares passam pelo desenvolvimento da agricultura.

Assim, foi reconhecido que, para além dos esforços individuais envidados pelos países no plano nacional para estimular a sua agricultura, é preciso envolver-se com maior determinação na aplicação da política agrícola comum da CEDEAO.

Seck sublinhou que os países, pela sua proximidade geográfica e pela diversidade dos seus recursos, deverão tirar proveito desta política agrícola baseada numa abordagem holística.

Segundo ele, a diversidade dos ecossistemas da África Ocidental constitui efetivamente uma vantagem de produção duma gama variada de produtos e estabelece importantes complementaridades entre os países e as bacias de produção.

«O sector agrícola constitui um suporte importante da integração regional das economias agrícolas », afirmou.

Ele indicou, por outro lado, que a diversidade dos ecossistemas oferecia possibilidades de intercâmbios de produtos baseados em complementaridades agroecológicas, premissas de uma integração do mercado da região

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