Farsul debate crise do arroz no Ministério da Agricultura
O economista-chefe do Sistema Farsul, Antônio da Luz, enfatizou que de cada hectare, 30% do custo de produção correspondem a impostos sobre insumos.
A Farsul participou, nesta segunda-feira (24.07), no Ministério da Agricultura, em Brasília, de reunião que discutiu as dificuldades que a lavoura arrozeira vem enfrentando. Carga tributária, custos de produção e o endividamento dos produtores são alguns dos problemas que prejudicam a cultura orizícola .
O economista-chefe do Sistema Farsul, Antônio da Luz, enfatizou que “de cada hectare, 30% do custo de produção correspondem a impostos sobre insumos”. Os dados vem de um estudo encomendado pela Farsul ao Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário. Essa realidade tira a competitividade do produto brasileiro.
Ainda nas questões estruturais relacionadas ao alto custo de produção, a falta da capacidade do produtor de importação de insumos de locais com melhores preços, e outros custos como energia, logística e cabotagem e o endividamento do produtor com a indústria, também comprometem da lavoura.
As entidades representantes dos produtores irão apresentar documento relacionando os principais problemas tratados na reunião para a construção de uma agenda com os diferentes ministérios e setor bancário para procurar solução que amenizem a crise do setor.
Participaram do encontro os ministérios da Agricultura e da Fazenda, a Secretaria Especial de Agricultura Familiar, Banco Central, Banco do Brasil, da Companhia Nacional de Abastecimento, Farsul, Federarroz, Irga e, pela indústria, a Abiarroz.
13 Comentários
Não adianta farsul , federarroz , irga tentar um milagre com esse governo falido , estão querendo resgatar dinheiro de defunto agora a solução esta nas nossas mãos se voçe plantava 100 qq , plante 80 ou 90 qq mas não 110 qq DIMINUIR SIM , AUMENTAR JAMAIS
A crise não é do arroz , ele sempre existiu e sempre vai existir a crise é desses cabeça dura que plantam mais e mais DIMINUIR SIM , AUMENTAR JAMAIS
Pessoal tá batendo o desespero nos grandão…Fizeram pesquisa de expectativa de plantio e estão vendo que ninguém mais quer arriscar um centavo no arroz!!! O Seu Sandro está com toda a razão… Querem que vivamos de migalhas e favores dos picaretas e agiotas… Vamos plantar menos… Sustentamos a industria, varejo, bancos e o governo… Eles não vão querer diminuir seus lucros. O país anda mal das pernas… Os mercados colocam os preços do arroz lá embaixo para vender mais cerveja… Quem empresta dinheiro via CPRs alem de nao reduzir os juros vão exigir garantia real !!! Não precisa parar de plantar… Tem que reduzir área até que medidas concretas sejam tomadas… Até agora só ouvi o mesmo bla-bla-bla de sempre… Mesma conversaiada… Enrolam até outubro e o pessoal cai na armadilha… Seu Sandro é isso mesmo: Diminuir sim, aumentar jamais… E Soja nas varzeas e coxilhas!!!
Este ano Agrícola foi pro saco….Esqueçam….Soja, Milho, Arroz, com preços muito abaixo do Ano Passado….É juntar os cacos e Programar ano que vem com mais Critérios….Foi-se…
Muitos produtores necessitam rever seus arrendamentos, não há como pagar 30 % sobre o volume colhido.
Os grandes proprietários arrendadores não passam de agiotas rurais, explorando os agricultores que estão cada ano mais endividados.
Esta é uma pauta há ser discutida pelos produtores conscientes que ainda pretendem se manter na atividade.
Sobre este tema que levanta o sr. Nelson temos que o arrendamento se apresenta de várias modalidades: a) somente o arrendamento da terra; b)somente o arrendamento da água, e; c) arrendamento da terra e da água. Segundo o Censo da Lavoura Orizícola de 2004/2005, cerca de 39,7% das lavouras do RS pagam pelo arrendamento de terra e água. Temos que o valor médio pago é 25% da produção obtida já seca e limpa (pelo que disse o Sr. Nelson na região dele é 30% do volume da produção). Fizemos um cálculo que ao ser pago 25% da produção seca e limpa tem que ser acrescentado o mínimo de outros 70% como custo de produção para a obtenção destes 25% de produtos que serão entregues, pois não há nenhuma participação do proprietário da terra em insumos e serviços neste montante. Então ao acrescentarmos 70% sobre os 25% teremos outros 17,5% , que resultarão num total de 42,5%. Então numa produtividade de 140 sacos por hectare isso representa o equivalente a 59,5 sacos gastos a título do arrendamento da terra e água, sobrando ao plantador 80,5 sacos para fazer frente às demais despesas e para o sustento familiar. Isso é o mesmo que dizer que a produtividade na lavoura destes produtores não é 7.000 kg/ha como aponta os levantamentos oficiais, mas sim 4.025 kg/ha, pois os outros 2975 kg/ha foram gastos com o arrendamento da terra e água de plantio. Essa forma de arrendamento faz com que o proprietário fique deficitário na maioria dos anos, excetuando-se os anos de preços excepcionais. É bom frisar que a soja está na mesma direção.
Sobre este tema que levanta o sr. Nelson temos que o arrendamento se apresenta de várias modalidades: a) somente o arrendamento da terra; b)somente o arrendamento da água, e; c) arrendamento da terra e da água. Segundo o Censo da Lavoura Orizícola de 2004/2005, cerca de 39,7% das lavouras do RS pagam pelo arrendamento de terra e água. Temos que o valor médio pago é 25% da produção obtida já seca e limpa (pelo que disse o Sr. Nelson na região dele é 30% do volume da produção). Fizemos um cálculo que ao ser pago 25% da produção seca e limpa tem que ser acrescentado o mínimo de outros 70% como custo de produção para a obtenção destes 25% de produtos que serão entregues, pois não há nenhuma participação do proprietário da terra em insumos e serviços neste montante. Então ao acrescentarmos 70% sobre os 25% teremos outros 17,5% , que resultarão num total de 42,5%. Então numa produtividade de 140 sacos por hectare isso representa o equivalente a 59,5 sacos gastos a título do arrendamento da terra e água, sobrando ao plantador 80,5 sacos para fazer frente às demais despesas e para o sustento familiar. Isso é o mesmo que dizer que a produtividade na lavoura destes produtores não é 7.000 kg/ha como aponta os levantamentos oficiais, mas sim 4.025 kg/ha, pois os outros 2975 kg/ha foram gastos com o arrendamento da terra e água de plantio. Essa forma de arrendamento faz com que o proprietário fique deficitário na maioria dos anos, excetuando-se os anos de preços excepcionais. É bom frisar que a soja está na mesma direção.
Seu Nelson e seu Jose Nei. A coisa não é por ai… Na fronteira-oeste o maximo que pagam de arrendamento é 10% terra e agua e os produtores estão em insolvência. Não tirem o foco do real problema que é o excesso de produção e os preços baixos!!! Convido-lhes ao debate.
Boa noite, Dr. Schmidt! E tudo o que eu quero é estabelecer um debate com o setor arrozeiro e propor alternativas que possam engrandecer este tão importante segmento da agropecuária sul-riograndense, que tanto necessita reerguer-se, pois hoje, além das dificuldades dos produtores e trabalhadores, o nosso erário público está à míngua e a pedir penico na federação propondo-se a vender os móveis e mobílias da casa para obter algum trocado para pagar suas despesas de custeio. Em suma, estamos caminhando para trás e o progresso deste segmento trará riquezas sem fim. Agora é necessário a compreensão de que as coisas mudaram, muito e para melhor. O tema do arrendamento estudo desde 1987 e em 1993 escrevi o artigo As reais dificuldades da lavoura arrozeira, ali esão contemplados os principais problemas: arrendamento, monocultura, muito imobilizado e comercialização. O atavismo na relação agrária na lavoura de arroz do RS, tratou do tema do arrendamento com dados e fontes. Tudo está em meu livro Sobre arroz em casca e milho em espiga Uma interpretação da socioeconomia do RS e no blog http://www.josenei.blogspot.com . Também foram publicados na internet e na Revista Planeta Arroz (site) a quem serei eternamente grato e reconhecedor do excelente trabalho que presta à lavoura orizícola. Por fim, peço que revise este custo de 10% de arrendamento da terra e da água, pois para o RS este número é muito maior e está aí o Sr. Nelson (que nem conheço) a dizer os 30%. A mim este valor não é nada estranho pois já ouvi até mais do que isso. Não esqueça TERRA e ÁGUA! Atenciosamente.
Sr. José na fronteira se arrenda assim. 1 corte para lavoura e 1 ou 2 para pecuaria em rodizio. Sendo assim se paga de 13 a 18 sacos por terra e agua. Tem exceçoes… Os Catarinenses estão berrando porque querem arrendar terras por aqui… Quem nao fizer rodizio em 3 anos não planta mais por causa da infestaçao de vermelho e capim anoni! Essa é a realidade da fronteira-oeste!
Boa noite, Dr. Schmidt, Obrigado pelo retorno ao debate que o sr. propôs! No entanto não podemos ficar limitado ao valor do arrendamento na Fronteira Oeste, em que o senhor fala em 18 sacos terra e água ou 10% da produção para uma colheita de 180 sacos/hectare. Mas se for mais um corte e pagando outros 10% já vai para 20% e se for outros dois vai para 30% da produção, pois gado em resteva nem sempre é utilizado. Mas vou contatar com os produtores ou se quiserem uma palestra estou às ordens. O Dr. Tiago Barata em seu trabalho sobre custo de produção atribui 21% para o arrendamento da terra e água, computando para Uruguaiana e Alegrete 13% o que reduz os 25%, que tenho atribuo e as informações do Sr. Nelson e as que eu tenho dizem que pode ser mais.
E aquela conta que eu fiz, refazendo para 21% do valor da produção (terra e água), de uma produtividade média de 7.500 kg/há na verdade o produtor colhe 4.822,5 kg/há e o restante 2.677,50 são gastos na conta arrendamento da terra e água. Há outros custos, que podem ser computados, como fazer pastagens, aramados etc.
Depois disso, se entendidos, podemos passar para a comercialização.
Vamos ser mais didaticos e esqueçamos a pecuária que o arrendamento é em kg de boi (3.500 kg para cada 87ha)… Na fronteira-oeste terra e agua custa de 30 a 40 sacos por quadra. Se colhermos entre 320 a 350 sacos por quadra o custo médio será de 11% !!! Não acredito em 25%… Pagar de 80 a 100 sacos por quadra de arrendamento é algo absurdo!!!
Prezado Schmidt, Que bom que o Sr. retornou ao tema, pois agora podemos encerrá-lo e mostrar aos leitores deste importante site o quadro do arrendamento no RS dito por um expert do assunto. Veja na pagina do IRGA no endereço : http://www.irga.rs.gov.br/conteudo/5062/custos-de-producao-das-lavouras-gauchas-de-arroz-variam-entre-regioes . Ali está dito 21% (página Oficial do IRGA).
Um dos itens de maior peso nos custos de produção é o arrendamento de terras, que representa cerca de 21%, seguido dos fertilizantes com 11% e a mão de obra – item que o consultor afirma que deve crescer nos próximos …
Realmente dá para horrorizar-se, mas está ali e tem mais como diz o seu Nelson e está em pesquisa feita para o meu livro. Isso é o que queria mostrar, quando aceitei o debate consigo.